3. Novas pessoas

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Eai, pessoas!
Tudo bom?!

Finalmente minhas férias chegaram 🥳🥳 pena q duram pouco, mas é o suficiente pra escrever.

Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

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- Tá pronta, meu bem? - pegava a menina no colo, sua bolsa em um braço e a dela no outro, mas sua pequena não parecia muito animada para sair de casa.

- Eu nãum quelo i. - escondeu o rosto no ombro de Juliette.

- Por que não?

- Nãum quelo vica só. O samigo do vovô valô que eu vô vica só na iscola. Eu nãum quelo vica só, quelo vica com cê. - abraçou forte o pescoço da maior e estava prestes a começar a chorar.

- Puta que pariu. - resmungou. Nunca teve nada contra o amigo de seu pai, mas estava começando a não gostar dele, parecia que ele gostava de estressar a menina - Oh, meu amor. - tirou as bolsas das costas para poder sentar com a menina na cama e acalma-la - Lembra que a gente conversou sobre a escola? Você não vai ficar sozinha, vai fazer amigos da mesma idade que você, vai brincar muito com eles e também vai estudar. Você não queria estudar igual a tia?

- Quelo, maisi eu não quelo vica solzinha.

- Olha pra tia. - ela levantou o rosto com os olhos verdes cheios de lágrimas e os lábios tremendo - Eu sei que você entende, não vou mentir pra você, você vai achar estranho assim que chegar, mas depois fica bem divertido. As professoras vão cantar, vão brincar com você, lá vai ter as letrinhas que você gosta... - foi interrompida pela menor.

- Vai te o monta monta timbém? - estava um pouco mais animada e passava as mãos nos olhos, tirando as lágrimas dali.

- Vai sim. E quando for de tarde eu vou te buscar e você vai me contar tudo o que aconteceu lá, igual a gente faz quando você vai pro trabalho do vovô. Vai ser legal.

- Vai sê legal?

- Vai sim. Vai ser muito legal. Vamos lá, eu juro que você vai gostar.

- Vamus. - levantou mais uma vez, agora podendo sair de casa.

Seus pais ainda estavam na cozinha e se despediram das duas quando passaram por ali. Juliette havia conseguido uma cadeirinha para por no carro e levar Ana para a escola e não se atrasar para a aula, então depois de prender a menina no cinto foi para o banco da frente.

Elas conversam bastante pelo caminho, como já costumavam fazer, e Ana se animou quando chegou perto da escola e viu as outras crianças. Ela tinha pouco contato com pessoas da sua idade e estava ansiosa para fazer novos amigos, assim como sua tia havia dito.

- Na mochila dela tem lanche, água e as letrinhas que ela gosta de brincar. - entregou a bolsa para a professora e teve que achar graça por a menina não estar prestando atenção em si e sim nos brinquedos - Eu não sei se posso pedir isso, mas tenta ter paciência com ela, ela é esperta e entende fácil as coisas, mas não lida bem com gritaria e pergunta muito, muito mesmo. - naquele momento ela podia dizer que estava mais nervosa que a sobrinha.

- Não se preocupe, mãe. Vamos cuidar bem dela. - quis tranquilizar a morena ao mesmo tempo que olhava dentro da bolsa, estava estranhando ela estar leve - Acho que a senhora esqueceu as fraudas dela, não podemos pegar de outros alunos e a mamadeira também.

- Ela não usa mais frauda, sabe pedir pra ir no banheiro, e também não tem chupeta ou mamadeira, pode dar garrafinha que ela não se molha e ela come sozinha também. - não tinha dinheiro para frauda e pouco para o leite, então teve que acostumar a menina desde cedo a não ter essas coisas e num momento como aquele viu que tinha feito o certo, não queria nem imaginar sua menina tento problemas para comer na escola por não estar acostumada - Ah, e eu evito dar muito açúcar pra ela, então eu agradeceria muito se ela não tivesse que dividir o lanche e tá comendo biscoito ou chocolate, claro, se puder.

Eternidades - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora