Fátima não estava gostando daquela história.
Depois de conversar bastante com Abadia e refletir mais ainda sobre o que deveria fazer, Débora contou o que havia descoberto para a mãe de sua amiga, que não ficou nada contente com o que estava acontecendo.
A mais velha não sabia tanto assim sobre o encontro da filha com o amor da sua vida, muito porque nunca quis escutar aquilo e cortava Juliette sempre que ela tocava no assunto. Não queria pensar em como sua mais velha fora abandonada e agora queria não ter tomado conhecimento da existência da, suposta, família por parte de pai da sua neta.
— Eu não vou deixar. — a ruiva havia lhe questionado sobre o exame de DNA e como podiam contar aquilo tudo para Ana — Se Juliette quiser fazer, faça quando voltar, mas se depender de mim Ana não vai ficar sabendo de nada e não vai fazer teste nenhum. — estava irritada — Quem eles pensam que são? Acham que podem chegar e tomar ela de mim de novo? Não! — levantou do sofá onde estava sentada junto com Débora.
— Mas, dona Fátima, eles também são a família dela. — falava baixo, diferente da outra.
— Não! Nós somos a família dela! — tinha lágrimas nos olhos — Por culpa deles eu perdi uma das minhas meninas, não vou perder outra!
— Dona Fátima...
— Não quero saber! — cortou a mais nova — Não quero mais saber dessa outra família! Juliette deixou você pra cuidar do celular dela, não da vida da minha neta! E a partir de hoje Ana vai ficar aqui até a mãe dela voltar!
— Por que? — as duas se assustaram quando ouviram a voz de Ana, não sabiam a quanto tempo ela estava ali, mas sabendo o quão curiosa ela era e pelo fato de perguntar apenas sobre ter que ficar na casa da avó, Débora imagina que ela havia acabei de chegar.
— É melhor pra você. — respondeu dura, sem dar espaço para questionamentos, algo que costumava funcionar com Juliette, mas com Ana era diferente.
— Mas eu quero ficar em casa.
— Essa é sua casa!
— Mas eu quero ficar na minha outra casa. — sua avó não teve resposta — Qual o problema? Por que eu não posso ficar lá?
— Porque sua mãe disse que você devia ficar aqui.
— Ela disse que eu não podia ficar lá sozinha, mas sempre tem alguém lá comigo. Por que a senhora não fica lá, então?
— Não vou sair da minha casa!
— Lá também é sua casa. — usou o mesmo argumento e viu sua avó ficar em silêncio mais uma vez.
— Não quero saber. Você vai ficar aqui e você... — se dirigiu a Débora — Não venha mais me perturbar. Pode ir embora. — deu as costas indo para a cozinha, deixando as duas mais nova sozinhas.
Débora negou com a cabeça soltou um suspiro alto. Sabia que Fátima são seria tão aberta a situação, mas também não acho que ela teria uma reação como aquela. Se antes não sabia o que fazer, agora não tinha o que fazer, já que era Fátima a responsável por Ana enquanto Juliette estivesse fora.
— O que aconteceu? — a garota perguntou baixo quando a ruiva chegou um pouco mais perto de si.
— Eu deixei ela com raiva. — riu sem garça.
— Isso eu notei. Sobre o que vocês estavam falando? — estava curiosa e ficou ainda mais quando a amiga de sua mãe negou com a cabeça — Era sobre mim? Era, se não fosse ela não teria dito que eu tenho que ficar aqui. O que tá acontecendo?
— Melhor você não saber. — passou pela garota, indo pra fora da casa.
— É sobre aquela mulher que te ligou quando minha mãe ganhou o anjo, não é? — falou em sua voz normal e a outra paralisou — Eu escutei uma parte da conversa, ela é mãe da Sarah... Por que eu tô nessa história?
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Eternidades - Sariette
Fiksi PenggemarEterno é aquilo que ignora o tempo, que sobrevive com o tempo, que volta com o tempo, mas nem sempre da foram que imaginamos. Sariette | +18