2. Novas fases

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Eai, pessoas!
Tudo bom?!

Eu sei q disse q só ia ter att lá pro dia 15, mas, óia só, tive meus 30 min de descanso e resolvi adiantar uns caps e da pra postar mais um 🥳

Espero q gostem e boa leitura 💕💕🌙

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Mais uma vez era quase carnaval. Juliette estava se dividindo entre ajudar sua mãe no salão com cabelo e maquiagem e tomar conta de Ana, que estava mais falante do que nunca e andando pela casa toda, e, como se não bastasse duas ocupação, na última semana ainda estava costurando uma fantasia para a sua pequena vestir nos dias de festa que viriam.

Contudo, tinha um assunto um tanto urgente para conversar com sua mãe.

Ana já havia dormido e Juliette estava a sala com Fátima, esperando o momento certo para falar, que seria justamente no horário do jornal, quando sua mãe prestava menos atenção na televisão.

— Eu tenho que contar uma coisa pra senhora. — estava nervosa e pôde jurar que viu a cor sair do rosto de Fátima quando está virou para a filha e a viu segurando um envelope mas mãos.

— Você tá grávida? — sua voz tremia.

— Não! — até ela se assustou com a ideia, não iria reprovar aquilo, mas já tinha uma criança para tomar conta — Definitivamente, não estou e, se ficar, vai demorar bastante. O que eu tenho pra falar é... Eu entrei pra faculdade. — estendeu o envelope que mostrava a lista dos aprovados e tinha o nome de Juliette em destaque — Eu passei em direto, na federal. Começo no próximo mês.

— Isso é sério? — levantou o rosto chorado de alegria.

— Muito sério.

— Parabéns, Juliette! — jogou os braços sobre a filha e apertou com força — Você é meu orgulho.

— Obrigada, mas... temos um problema. — a mais velha se afastou para poder prestar mais atenção — Eu vou continuar ajudado no salão na parte da tarde, mas de manhã eu não tenho como ficar e também vou ter que deixar a Ana com a senhora.

— Por que não coloca ela na creche? — não seria nenhum empecilho ficar com a menina, mas via a forma como ela e Juliette interagiam e tinha certeza absoluta de que não conseguiria ser daquele jeito, sem contar que estaria trabalhando e tinha medo de não prestar muita atenção na neta.

— Fui ver isso hoje de manhã e ela não pode entrar ainda por causa da idade, mesmo que já fale e vá no banheiro sozinha, eles não podem admitir. São só umas horinhas. — começou a tentar argumentar — A senhora abre o salão de dez horas, minhas aulas acabam de meio dia, ela mal vai notar que eu saí.

— Mas como eu vou trabalhar e olhar ela? Tem muita gente no salão.

— Eu tô levando ela pro salão desde dezembro e nunca deu problema. Ela conversa com todo mundo e sabe que não pode sair de lá e ainda ajuda quando levam alguma criança que fica querendo comer o cabelo do chão ou enfiar o dedo nas tomadas.

— É, mas... — foi cortada pela filha.

— Mas a senhora não quer ficar com ela. — suspirou alto, estava decepcionada por não ter a ajuda que precisava, mas ainda não era hora de desistir — Mainha, eu só tô pedindo um favor, são só algumas horas. Se eu tivesse condições de pagar alguém eu faria, mas a senhora sabe muito bem que não é assim, eu não taria pedindo isso se não fosse importante. É só esse ano, no próximo ela já vai pra escola.

Eternidades - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora