6. Que o jogo comece

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Finalmente estavam indo para o quarto. Depois de chegarem e serem recebidos com sorrisos, alguns amigáveis e outros nem tanto, abraços e apertos de mão, foram apresentados a casa, viram cada cômodo e onde poderiam colocar suas coisas, já que muitos já tinham escolhido as camas.

Ali eram dois quartos. Cordel e Colorido. Juliette foi rápida em decidir onde ficaria, até porque queria fugir daqueles que lhe pareceram não muito legais, Karol Koncá e Nego Di, e ambos estavam no quarto colorido. Sarah resolveu seguir a amiga, indo com ela para o Cordel, mas deixando algumas de suas coisas no Colorido quando notou que aqueles dois e mais algumas pessoas do grupo em que eles estavam poderiam não ser muito sociáveis consigo e sua maquiagem lá a ajudaria a descobrir certas coisas, já estava começando com suas estratégias.

Também haviam passado por uma roda de apresentação, todos os participantes foram dizendo seus nomes, profissões e idades, um de cada vez e no final daquela dinâmica, feita por eles mesmos, todos já sabiam o nome de todos e ao menos um interesse.

— O que achou do pessoal? — a loira perguntou baixo para aquela que, mais uma vez, seria sua companheira de cama, mas agora numa cama de solteiro.

— Eu gostei deles, são legais. Só achei Nego Di e Karol meio... Ácidos. — foi a melhor palavra que encontrou. Eles não eram amigáveis como os outros e viu o homem fazendo careta durante sua apresentação, provavelmente algo sobre o seu jeito de falar, o que era uma mistura do sotaque dos seus pais com o das pessoas que conviva. A outra mulher apenas ria e estava sempre a olhando de cima a baixo, algo que a deixou extremamente desconfortável.

— Concordo. Não sei bem o que foi, mas foi estranho. — a menor assentiu e terminou de arrumar suas coisas no canto antes de se jogar na cama, deitando bem ao lado de Sarah — Temos que decidir quem mandar pro paredão e conversar com o restante, não é?

— Sim. — começou a brincar com o colar de Sarah, aquele era igual ao seu, todos os que estavam imunizados tinham um igual, mas o dela parecia mais interessante — Já tem alguma ideia?

— Não. — foi sincera — E você?

— Nego Di. Como eu disse, ele me parece estranho. — foi rápida. Já estava pensando naquilo desde a roda de apresentação, mais especificamente desde a apresentação de Juliette.

— Acho que não é uma boa ir nele agora, ele é famoso, deve ter gente torcendo por ele e só vamos nos complicar se colocarmos ele e ele voltar. — explicou sem parar de brincar um o colar, aquilo estava sendo uma ótima distração, mas não sabia dizer se o que a deixava distrainda era o colar ou a loira ao seu lado.

— Ele é famoso? — se espantou e finalmente Juliette a encarou rindo e assentiu — O que ele faz?

— Ele é comediante.

— Tem certeza?

— Foi o que ele falou. — riu ainda mais — Tu não tava prestando atenção não?

— Acho que o dele eu não me liguei muito. — sorriu amarelo. A verdade era que ela estava bem mais concentrada no sorriso estampado no rosto de Juliette, que tinha acabado de falar, e não estava dando muita importância para o, recém descoberto, comediante — Mas a gente foi falar com ele depois e ele não fez nenhuma piadinha, geralmente comediante é engraçado, né?

— Ah, ele fez piada. Ele fez muita piada. — revirou os olhos — Mas elas são mais agressivas do que engraçadas. — com aquilo a loira ficou curiosa.

— Tipo o que?

— "Relaxa, irmão, tem muita mulher aqui pra cozinhar pra gente". — teve vontade, mas não tentou imitar a voz dele — Porque Projota disse que não sabia cozinhar. Teve uma galera que riu, mas eu tô procurando a graça até agora. — com aquela frase foi Sarah que riu.

Eternidades - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora