Uri Galaxy - Diário de um amor improvável. (Jungkook)

Cap. 18 - Equalize - Parte 1

POV Mi-Nah

Nossos corpos se consumiram e se adoraram dentro do nosso pequeno universo. Desfrutando a magia de estarmos juntos, compartilhamos conversas, beijos, risadas, desejos, amor. Porém, ao contrário da nossa bolha que não era medida por tempo, os ponteiros do relógio do mundo lá fora tinham continuado a girar e foram as primeiras luzes do amanhecer, entrando pela janela, que nos atraíram de volta à realidade.

—Goo, já é dia. Falei dando um beijinho nele. —Precisamos de um banho. E de café da manhã e um cochilo.

—Bom dia, meu amor, hun!. Falou num tom de falsa repreensão.

—Bom dia nada, ainda nem dormi! Respondi com tom de deboche.

—Aigoo! Não seja por isso, vem, deita aqui. Falou me puxando me deitando em seu peito. —Fica quietinha e dorme, hun. Falou dando tapinhas leves na minha bunda, como se eu fosse um bebê a ser ninado.

—Banho e comida primeiro... seu preguiçoso! Me deixa levantar, vai?!

—Aigoo Aein, mas está tão bom aqui. Respondeu fazendo manha.

Ele que me apertava em seus braços, de implicância, me soltou.

—Não nego. Afirmei —Mas logo o Bam chega e pelo que você falou, hoje sou dele. Preciso ter disposição. Falei com sorriso travesso, fugindo de suas mãos, que tentavam me prender novamente.

—Aish! Ok. Prometer coisas pras crianças dá nisso. Falou fingindo resmungar, enquanto continuava deitado.

—Hummmm... acho que você vai perder mais uma camisa. Falei aos risos enquanto pensava, se levantaria dali, com ou sem o lençol.

—Vamos, levanta preguiçoso! Chamei.

—Aigoo, ok! Eu encho a banheira e você escolhe a camisa.

E parecendo lembrar de um detalhe, completou —Ahhhh... terceira gaveta do lado esquerdo, porta do canto. Tem presente pra você. Pega lá!

Já era conhecido por ele, o fato de eu ser pior do que criança, falar em presente comigo é certeza que, mesmo envergonhada, estou pronta pra ganhar. E foi assim que num passe de mágica, esqueci a fome e adiei o banho.

Me levantei toda atrapalhada, tentando me enrolar naquele lençol enorme. Segurava o tecido com uma das mãos, indo aos pulinhos na direção do local indicado, enquanto escutava sua risada divertida.

Sem controle da minha curiosidade infantil, abri a gaveta indicada, encontrando naquele espaço que tinha proporções grandes demais, presentes que inicialmente me assustaram. Alguns cheguei inclusive a me perguntar, como ele soube escolher, mas logo lembrei da cúmplice. Enfim...

Do lado direito, enfileirados com perfeição alguns pacotes brancos leitosos, com o logotipo de uma marca famosa, pelo tamanho, pareciam se tratar de roupas íntimas. Do lado esquerdo, uma bolsinha pequena e transparente, abrigava alguns prendedores de cabelos simples, do modelo que costumo usar. Além deles, meus produtos preferidos de banho e uma escova de dentes. Hidratantes de corpo e rosto, junto ao lip balm num kit da marca que uso regularmente. No fundo da gaveta, espaçosa e muito bem organizada, três pequenos rolinhos de tecido, que deduzi serem peças de roupas. E depois do primeiro impacto, nada ali tinha chamado mais a minha atenção, que o pequeno bilhete, que parecia ter sido escrito às pressas.

"Sua gaveta, meu armário. Prevendo que você aceitou meu pedido, entenda esse espaço como uma representação 3D sua, dentro do meu coração. Pegue o que quiser e venha me encontrar. Vou estar te esperando (sempre). Goo."