Capitulo 9 - Vênus

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E ai? Prontos para mais um capítulo??

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Jung Kook estacionou a nave espacial disfarçada de carro, ou seria carro disfarçado de nave, em frente ao menor dos chalés, que ficava do lado esquerdo da casa principal, numa área cercada de árvores. O local oferecia sombra e proteção ao carro, no caso de algum pouco provável, mas sempre possível, olhar curioso. Concluindo que se esconder já era uma postura natural pra ele, eu saí do carro e ainda me esticava, estalando o corpo, graças a minha crocância inata.

Jungkook havia saido do banco do motorista direto em direção a mala do automóvel, tirando daquele compartimento uma quantidade de sacolas que parecia ser o abastecimento mensal de uma família numerosa. O mais novo seguiu com os braços carregados até a porta do chalé principal, largado as sacolas e para a minha surpresa, voltando mais uma vez na direção do porta malas, quando o observei tirar de lá mais uma bolsa, essa térmica mas ainda grande demais. Tudo parecia deveras exagerado, mas não sabendo os termos do acordo de estadia que havia feito com seu hyung, fiquei apenas observando. Vai que Suga tinha um projeto de ajudar a acabar com a fome no mundo depois da nossa estadia. Pensei, mas não falei.

Depois de vê-lo carregar todas as sacolas e nossas malas, ainda estava perdida olhando a paisagem noturna, quando o fitei, vindo em minha direção, me olhando com um jeitinho inquisidor. Me roubando um selar, entrelaçou nossos dedos e assim seguimos em direção a casa, mas não sem antes eu fazê-lo parar e olhar em volta do local, fazendo com que apreciasse tudo aquilo junto comigo.

— Aigoo! Que lugar maravilhoso! No escuro é perfeito e com a luz do sol, provavelmente teremos um espetáculo! Ainda embasbacada com o local, não resisti ao comentário.

Tendo em uma das mãos, nada mais que a pequena sacola onde só restavam papéis e restos mortais do lanche que acreditei ter exagerado na quantidade, quando comprei, caminhamos, de mãos dadas, sem conseguir evitar sorrisos.

Sem desfazer o enlace de nossas mãos, ele colocou a senha que nos dava acesso ao interior do chalé principal e sem aviso, soltou nossas mãos, apenas para me levantar com facilidade em seus braços. Como um casal de recém casados, prestes a entrar no seu novo lar, selou nossos lábios e sorrindo como bobos, passamos pela porta do paraíso, já não tão particular, de seu hyung.

— Enfim, sós, disse, deixando um beijo estalado em meus lábios.

— Enfim, nós. Respondi devolvendo o carinho.

Depois do momento fofo e romântico, ele me devolveu ao chão, para que colocássemos nossas coisas pra dentro. Sem muito critério, logo tínhamos acumulado todas as bolsas e malas e mochilas ao lado da porta de entrada.

Largamos tudo por ali, juntamente com nossos calçados e apenas fechamos a porta, antes de irmos conhecer o ambiente interno. A visão externa não dava noção do quanto o local era perfeitamente integrado, com a natureza a seu redor. Como um loft, todo em madeira e vidro. Num conceito aberto, era indiscutivelmente um belo trabalho de arquitetura e decoração. Nada menos que perfeito.

— Sempre soube do desejo de ser arquiteto do Hyung, mas isso aqui é perfeito! Ele comentou.

Sorri em resposta por termos pensado e verbalizado o mesmo comentário.

Logo nos descobrimos na sala, entre um sofá e poltronas, que pareciam absolutamente confortáveis e super bem posicionadas em relação a uma lareira. Em frente a lareira, uma pequena mesa tradicional coreana. E dividindo aquele espaço, um balcão em pedra, delimitava a cozinha americana, que num olhar rápido parecia contar com todos os itens básicos de um espaço muito bem organizado.

Uri Galaxy  - Diário de um amor improvável. (Jungkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora