𝐬𝐢𝐱

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Depois de ontem, eu fiquei a noite inteira surtando internamente. Eu até tentei dormir para estar com disposição no dia seguinte, mas meu nível de ansiedade estava nas alturas. Eu concordava com Ino, eu realmente estava parecendo uma adolescente apaixonada.

Eu ficava pensando nas mil e uma coisa que poderia acontecer nesse jantar, eu sentia as borboletas do meu estômago em festa e até suava frio com a ideia de que mais coisas possam acontecer.

Para dormir precisei tomar um remédio, e só assim consegui pegar no sono. Na manhã, eu acordei com a cabeça pesada de tanto sono mas fiz minhas higienes matinais e fui para o trabalho. Eu não queria comentar isso com ninguém pois poderia se espalhar e causar fofoca na empresa, o que era algo que eu detestava, principalmente quando meu nome estava no meio.

Devido a minha dor de cabeça, acabei dirigindo devagar já que não queria causar um acidente no trânsito. Depois que cheguei na empresa, passei pela recepção onde Nishimiya estava atendendo um das inúmeras ligações que a garota atendia no dia.

Resolvi não incomoda-la então passei direto, apenas a cumprimentando com um aceno de mão, mas antes que eu pudesse sair de sua vista, a garota me chama o que me faz olhá-la.

- [Nome]! - Ela diz como se estivesse desesperada enquanto cobria o microfone para não ser escuta do outro lado da linha.

- Oi Nishimiya. - Eu a respondi simples. - Precisa de algo? - a garota acena com a cabeça e pede educadamente para a pessoa do outro lado da linha esperar um pouco que logo retornaria a ligação.

- [Nome], o Sr. Satoru está te procurando tem meia hora. Ele disse que assim que você chegasse, era pra você o encontrá-lo em sua sala. - Ela diz rápido oque me faz piscar várias vezes. Dificilmente o sr. Satoru me chama em sua sala.

Meu peito afundou na hora. Será que ele estava me chamando porque alguém espalhou a conversa que eu, Nobara e Miwa tivemos? Afinal, eu quem disse. Logo minhas mãos começam a tremer e meus batimentos cardíacos aumentarem, eu não queria perder meu trabalho. Era por isso que eu odiava fofoca, pois sempre terminava assim.

- Ok... eu irei vê-lo agora mesmo. - Respondi hesitante para loira que sorriu levemente voltando a sua ligação.

Caminhei até a sala do chefe devagar projetando mentalmente mil desculpas caso esse fosse o motivo da conversa. Eu estava disposta até a me ajoelhar e implorar por perdão, eu não queria perder meu trabalho.

Chego em frente a sua porta, estendo a mão para bater na porta e vejo que minhas mãos estavam geladas e trêmulas. Fecho o punho e dou três batidinhas na porta e logo pude escutar a voz do platinado do lado de dentro da sala.

- Entre.

Abro a porta e vejo o homem sentado em sua cadeira de pernas cruzadas, e em volta alguns documentos sob a mesa. Automaticamente penso que é minha demissão e engulo seco.

Sem perceber, eu ainda estava parada sob a porta. Ele me olha por alguns segundo sob aqueles óculos escuros e cruza os dedos apoiando seus cotovelos sob a mesa. Escondi minhas mãos em minhas costas tentando esconder minha tremedeira, ele parece não perceber.

- Mandou me chamar, Sr. Satoru?

- Mandei sim. - O platinado se levanta ficando em frente sua mesa se escorando enquanto me encarava, confesso que estava bastante nervosa. A diferença de altura era até engraçado.

Eu me sentia como um coelho que estava prestes a ser devorada por um lobo branco da neve. Ele tinha uma expressão séria o que me deixava ainda mais nervosa, já que ele sempre estava sorrindo e fazendo piadinhas.

- O motivo? - Pergunto.

- Eu mandei te chamar por que descobri uma coisa que me deixou extremamente chateado. - O platinado faz beicinho e eu ergo as sombrancelhas.

𝗧𝗵𝗲 𝗽𝗲𝗿𝘀𝗼𝗻𝗮𝗹 𝘁𝗿𝗲𝗶𝗻𝗲𝗿! - 𝑻𝒐𝒋𝒊 𝑭𝒖𝒔𝒉𝒊𝒈𝒖𝒓𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora