Two

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Após chegar no trabalho, meu chefe logo anuncia a reunião para a apresentação da minha biografia. Estava bem nervosa na verdade, mas não havia nada que eu pudesse fazer.

Me sentei na extensa mesa, e esperei meu chefe dizer algumas palavras antes de se virar a mim e falar --"Agora, fiquem com a biografia e apresentação de S/n."

Me levantei, e fiquei de frente para mais ou menos umas 15 pessoas. Em seguida, comecei minha apresentação.

--"Olá. Eu quero agradecer a todos vocês a me darem essa chance de trabalho. Eu sou s/n, atualmente tenho vinte e dois anos, morei em Shibuya, Tokyo.
Me formei lá a dois anos, e decidi voltar para nebraska depois do acidente dos meus pais. Aqui sempre foi a minha cidade Natal, vivi 6 anos da minha vida aqui quando meus pais me tiveram.

Eu sou formada em técnica de eletrônica. Por isso achei melhor entrar em uma empresa que envolvesse isso." --Solto um longo suspiro. -- "Sou diagnósticada com Alexitimia, que envolve não ter emoções, então se caso eu soar como insensível com alguns de vocês, me desculpe, e tamb" -- Sou interrompida pelo meu chefe.

--"Acho que já entendemos o suficiente de sua biografia, agora já podemos voltar para nossos postos." -- Diz ele batendo palmas, encerrando. Todos ficaram com uma cara séria e se levantaram no mesmo momento.

--"Ah, é que na verdade..." -- Tento falar, mas ele estende vários papéis em minha direção. -- "Sugiro que comece logo, senhorita sem emoções." --Ele ri, e eu pego os papéis da mão dele, em seguida ele sai andando para fora da sala, me deixando só.

O tempo passou, já era praticamente seis da tarde e eu estava lá, digitando na frente do computador. Todos já haviam ido embora, apenas eu fiquei. -- Suspirei, antes de finalmente pegar no último papel que eu teria que preencher.

Andei até a sala do meu chefe e deixei os papéis sobre mesa dele, voltei para minha mesa, pegando meu casaco e minha bolsa.

Estava bem escuro lá fora. Quando olhei no relógio era oito da noite, fiquei desesperada porque, a linha de ônibus geralmente parava de funcionar as sete e meia.
Cheguei no ponto de ônibus e sentei um pouco sobre o banco. Esperei um bom tempo, até notar que, o ônibus não iria vir.
Minha casa ficava vinte minutos dalí, e eu estava cansada, mas mesmo assim fui apê.

Chegando perto da esquina de casa, me deparo com umas pessoas estranhas em uma roda. Eles estavam fumando e bebendo. Tentei passar a maior distância possível, até cogitei ir por outra rua, mas aquela era a única que dava na direção do meu apartamento.
Mas não foi o suficiente.

Eles me rodearam e começaram a mecher comigo. Haviam duas garotas e quatro homens. --"Ah, porque você está andando por aqui uma hora dessas?" -- Um deles diz em tom embriagado.

--"So ignorem minha existência. Me deixem passar..."
Respondi em tom de sutileza, para não parecer grossa e levar uma facada ali mesmo.

--"Oh, você quer passar?" -- Ele ri.

As garotas seguram meu braço, e elas também estavam rindo, foi agoniante.

--"Me solte." -- Disse em tom arisco.

Como previsto, eles não fizeram, então tive que me defender. Dando um soco na cara de uma delas e conseguindo me soltar.

--"Me deixe em paz!" -- Gritei. Os homens mudaram de expressão imediatamente, e começaram a andar em minha direção. Um deles apunhalou uma faca.

Quando eu ouço uma voz a algumas distâncias de toda a cena.

--"Porque todo esse caos? Deixe a garota ir." -- Eu reconheci imediatamente, era a voz do meu primeiro ex. Megumi fushiguro.

Quando eles olharam para megumi, saíram rapidamente dalí, pedindo desculpas. Mas também, sendo filho do prefeito da cidade não é de se esperar.

--"Você está bem?" -- Ele se aproxima de mim.

Fico em silêncio por um momento --"Ah, sim. Estou."

--"Caramba S/n, qual é o seu problema? Você vive se metendo em coisas desse tipo. O que faz andando essas horas da noite sozinha?!" -- Ele diz furioso.

--"Ei! Nem vem querer me dar bronca. Eu estava voltando do trabalho e perdi o horário, e como eu me mudei recentemente pra cá de novo esqueci totalmente que, os ônibus só funcionavam até as sete e meia. Tive que vir apê. Eu não tive culpa se aqueles loucos estavam aqui." -- Eu o respondi em tom áspero.

-- Megumi dá um suspiro longo, colocando a mão na cabeça. --'Tsk.' --"Vamos então, vou te levar até sua casa."

Enquanto caminhávamos, ficamos em silêncio. Até ele começar a perguntar sobre mim.

--"E aí? Porque voltou para nebraska?"

--"Meus pais morreram em um acidente de carro. E daí quis voltar aqui." -- Ele me olhou com uma expressão triste.

--"Sinto muito. Mas você está bem? Isso te afetou muito?" -- A expressão nos olhos dele eram claras de preocupação.

--"Fui diagnósticada com Alexitimia. Acho que você também não vai saber o que é." -- Digo suspirando.

--"Eu sei. Sei o que é. É algo bem diferente do que você costumava ser no fundamental, você era o ponto de alegria da sala." -- Ele sorri. --"Chega ser engraçado lembrar dos velhos tempos. Você sempre pronunciava 'nebraska' errado"

--"É, hoje meu chefe me zoou por causa disso, bem no primeiro dia. Imagino como será mais para frente."

A expressão dele fica séria --"O que? Quem é ele? Vou demiti-lo!" -- Ele responde bravo.

--"Acalme-se. Eu me viro." -- Digo parando na frente do apartamento. --"Tchau megumi. E...valeu por hoje."

Caminhei até o elevador, e ouvi megumi me seguir.

--"Espere. Me desculpe. Eu era muito jovem naquela época, desculpe por, ter feito você chorar daquele jeito." -- Ele fala agoniado.

Eu suspiro. --"Está tudo bem, você só me traiu com minha melhor amiga, mas está tudo bem. Sabe porque?" -- Olho nos olhos dele.

--"Eu não sei se você descobriu, mas, no mesmo dia, seu melhor amigo veio me consolar também" -- Ele me encara com surpresa.

--"É, imaginei que iria fazer algo do tipo, -- Ele ri.
Mas me desculpe mesmo s/n, eu não sabia o que eu estava fazendo."

Eu dou de ombros e olho para ele.

--"Querendo ou não, você fez. E não a nada a se fazer com isso. Os danos foram insignificantes, porque, você não foi meu primeiro amor. Agora se me der licença, estou bem cansada e preciso de um banho e minha cama. Boa noite."

Eu adentro o elevador antes que ele possa dizer alguma coisa.

Depois de tomar banho, me sento na sala e ligo a TV. Eu havia feito torradas e chocolate quente.

Eu não estava prestando atenção na TV, estava encarando o nada, pensando no sorriso que eu vi mais cedo de Suguru. O sonho que tive também mexeu comigo. Foi tudo tão real e intenso que fiquei confusa quando acordei.

Quando eu acordei do desvio de realidade, escutei meu celular tocar, e era maki.

--"Oiii! Cadê minha garota? E as novidades? Como foi o trabalho??" --Ela pergunta entusiasmada.

Eu suspiro.

--"Oi maki, não foi legal. Mas eu acho que consigo lidar."-- Digo mordendo um pedaço da torrada.

--"Que? Como assim???" -- Ela diz parecendo preocupada do outro lado da linha.

--"Ah, bem, eles pediram para eu ler minha biografia, mas depois de uns cinco minutos eu acho, meu chefe nem deixou eu terminar. E ainda por cima fez piada com minha doença."

--"Que escroto!" -- Ela diz com ódio.

𝖢𝗈𝗇𝗍𝗂𝗇𝗎𝖺...

-ˋˏ✄┈┈┈┈

Obrigada por chegar até aqui, e se chegou, poderia deixar sua ★?
Me ajuda muito com a visibilidade da fanfic ^^

PS. Desculpa a demora galeris, não estava bem da cabecinha.

Nebraska no Limbo - Geto Suguru.Onde histórias criam vida. Descubra agora