VyH parte 22

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Victória sentia um grande alívio em seu coração depois de conversar com Marina, sempre pensou que seria mais complicado, imaginou que a ruiva encheria de obstáculos até mesmo para que Heriberto estivesse com a filha, mas como mulheres maduras que eram, conseguiram se resolver facilmente e passaram o resto da tarde conversando enquanto Max brincava e as meninas dormiam em seus carrinhos. Quando Heriberto ligou avisando que já estava indo para casa, Victória se despediu da ruiva com a promessa de um almoço em breve em seu apartamento, Max queria beijar as bochechas gordinhas de Diana, mas como estava suado se contentou apenas em beijar sua mãozinha e a pequena sorriu gostosamente no colo da mãe.

O caminho até em casa foi tranquilo, poupou Elisa de ser fotografada pelos paparazzis que ainda estavam em sua cola em busca de uma foto perfeita do rostinho de sua menina para vender, tentou não se irritar, mas às vezes era complicado. Quando chegou em casa, Max foi mandado direto para o banho, a estilista preparou a banheira para sua pequena que estava suada de tanto dormir e cantarolando uma canção qualquer a deixou cheirosinha.

— Pronto, pronto, pronto. — a colocou no peito e a viu suspirar por finalmente conseguir mamar. — Não pode ser gulosa assim. — a ajeitou melhor nos braços e penteou seus cabelinhos pretos para o lado.

— Oi, Heriberto.

Victória levantou a cabeça ao ouvir a voz do filho e sorriu por saber que eles já se davam bem, Max era um menino de ouro, entendeu que a mãe queria ser feliz ao lado de outro homem e com o passar do tempo, a convivência entre ambos se fazia mais tranquila.

— Oi, campeão. — beijou seus cabelos. — Como foi no parquinho?

— Muito bom, eu conheci a Diana. — os olhos do mais novo brilharam ao contar. — Ela é tão fofa, você precisa trazer ela aqui um dia desses.

Heriberto de imediato olhou para Victória que deu de ombros como se não fosse algo tão sério a se explicar.

— Você a viu no parque? — Heriberto interrogou o garoto.

— Sim, a mamãe e a mãe dela conversaram até a gente vir embora. — entrou no quarto para ver a irmã. — Como é mesmo o nome dela, mãe?

— Marina. — beijou a bochecha rosada do filho. — Vai comer alguma coisa, mas nada exagerado que daqui a pouco o jantar fica pronto.

Max concordou, estava mesmo faminto, beijou a cabeça da irmã e depois de abraçar Heriberto correu em direção a cozinha. O médico entrou no quarto rindo, abaixou beijando os lábios da estilista e admirou a filha dormir enquanto mamava com vontade.

— Então quer dizer que tivemos surpresas no parque? — Heriberto perguntou.

— Uma conversa amigável, algo que precisávamos ter desde que toda essa bagunça aconteceu. — acariciou o rosto de seu amor. — Marina é uma mulher muito inteligente, agora entendo o porquê de ter ficado com ela.

— Eu fico muito feliz por não terem se matado por mim. — A olhou nos olhos e sorriu.

— Pode baixar a bola que nunca brigaríamos por homem nenhum. — Tocou a ponta de seu nariz. — Agora coloque sua filha pra arrotar que preciso de um banho.

Heriberto pegou Elisa nos braços, beijou sua cabecinha, observou a mulher de sua vida deixar o quarto, riu e voltou os olhos para sua pequenininha.

— Então quer dizer que conheceu sua irmã hoje? — recebeu como resposta uma golfada na camisa que o fez afastá-la antes que sujasse seu macacão. — Isso responde a muita coisa.

Heriberto a colocou de volta no berço, pegou a babá eletrônica e foi para o quarto já tirando a camisa. O médico olhou sua mulher de costas no banho, deixou o aparelho na pia ao lado do celular, terminou de tirar suas roupas, trancou a porta e invadiu o banho de Victória.

Virada do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora