Se preparem que daqui a pouco tem outro capítulo á pedidos espéciais feitos lá no insta Kkkkk ❣

Everest
26 de Julho em Seattle
— O que está fazendo? — Quis saber, levemente confusa e assustada.
Henry segurava minha mão. Os dedos longos e ásperos entrelaçados nos meus enquanto me levava com ele.
A minha mochila estava em sua outra mão e ele parecia decidido. E quando não esteve? Henry era a personificação de confiança.
— Eu falei que a levaria. Não tente lutar agora little fox. — Ele inclinou a cabeça para baixo e pegou meus olhos com os dele — Não quando tem uma tempestade desabando sobre nós.
Abaixei o olhar para nossas mãos juntas. Eu não sabia nomear o que estava acontecendo comigo, mas ter suas mãos em mim de novo, só que daquela vez de maneira tão íntima e suave, apesar do contexto oposto, me deixava numa linha trêmula de sentimentos.
Henry não estava agindo de maneira civilizada. Aquele era um homem que passou a me perseguir, me pressionar com palavras possessivas desde o início e, naquele momento, me levava para onde queria e eu não estava fazendo nada para impedir.
Absolutamente nada. Idiota!
Eu não sabia explicar porque eu me deixava levar, porque eu sempre perdia a força quando o assunto era Henry e toda a impetuosidade sobre mim. Ele sempre conseguia. Sempre vencia porque eu era fraca com ele.
O céu caía sobre nossas cabeças e estava cada vez mais forte, por isso seus passos aceleraram-se e eu fui obrigada a fazer o mesmo.
Paramos diante do Jeep preto e ele abriu a porta sem mais demora.
Henry parecia hesitante em soltar a minha mão; segurando firme, apertando meus dedos. Só após eu puxar com força, ele separou-os com relutância.
Assim que me acomodei no banco, a porta foi fechada com um baque e sua figura deu a volta apressadamente.
Eu inalei profundamente.
O inteiror do carro tinha o seu cheiro. Aquele cheiro de frescor que me lembrava a primeira vez que o vi no avião, quando deitei a cabeça sobre o ombro convidativo. Aquele cheiro me lembrou de seu corpo sobre o meu em frente ao refeitório, de como ele me soprou aquelas palavras maliciosas. Respirei fundo.
Eu estava sozinha no carro com um homem que não conhecia e aquilo não era uma coisa boa, não mesmo. E ao invés de ser racional, me encontrava pensando nas palavras sujas dele.
— Porque a sua amiga não a levou? —questionou de repente, segurando o volante com confiança — ela a deixou sozinha. Não sei se é esse o código de amizade — arqueou a sobrancelha pra mim e esticou o canto dos lábios, debochando— ,principalmente para esse lado da cidade.
Não desviou, esperando a resposta.
— Eu estava com Marco. Não seria burra em sair sozinha, principalmente quando tenho o privilegio de ter um perseguidor na minha cola. — Ele segurou um sorriso com a minha alfinetada — Mas não sei onde ele se meteu — Falei — Marco não tem o costume de sumir assim.
— Talvez tenha se drogando e esteja caído em um beco qualquer. — Resmungou, falando aquilo como se Marco fosse um mero incômodo.
— Todavia, obviamente eu não preciso me preocupar, porque você sempre vai estar lá, quando eu menos esperar. — o sarcasmo escorreu como um veneno pela minha boca. — Como está aqui agora.
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EFEITO DO CAOS
Romance+18 DARK ROMANCE DE VROMANCEPLUS. S i n o p s e Everest Thomas volta para Seattle depois de anos morando com a mãe. Após passar parte de sua vida num colégio, decide cursar serviços sociais na Universidade de Seattle e morar com a irmã após anos dis...