c a p í t u l o 13 - F i q u e L o n g e

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Quando eu colocar minhas mãos de monstro em vocês duas...— Papai engrossou a voz, parecendo um monstro de verdade.

Nós duas gritamos. Logo Ali cobriu minha boca e a dela com suas mãos pequenas e nos olhamos, tentando segurar o riso.

Mamãe também riu em algum lugar da casa.

Onde estão minhas duas espertinhas?  — papai estava cada vez mais perto. — mis afectos⁴?

Eu estava cada vez mais nervosa.

— Eu não consigo, Ali. — cochichei, a barriga doendo de tanto segurar a risada. Aquilo nos entregaria.

Consegue. Só feche os olhos — ela orientou.

Ela era esperta pra quem tinha só sete anos.

Eu fiz o que minha irmã pediu, então vimos pelos buraquinhos quando papai passou em frente ao armário.

Ele já estava no quarto!

Elas são boas. — mamãe comentou e eu abri um sorriso, orgulhosa da gente.

São sim. — Ele falou alto para ela ouvir.

Esta vendo? Sou sua irmã mais velha e sempre vou proteger você. — Minha irmã murmurou, em seguida sobressaltamos quando a porta do armário foi escancarada.

Peguei vocês!

Berramos juntas, pegas de surpresa quando ele estendeu o braço para pegar minha perna, Denali entrou na frente, impedindo-o.

Então eu corri...  Rindo tanto que perdi a força nas pernas e fui ao chão...







Everest

22 de Julho em Seattle

— O que inferno deu na sua cabeça, Everest? — eu mal abri a porta do quarto e ela gritou, invadindo o cômodo. — Agora você anda pelos corredores agarrada com ele?

Engoli, atingida pela impetuosidade.

Apertando a toalha ao meu redor, tentei ignorar aquele sentimento que me transformava em uma imoral.

No fundo, eu sabia que podia ter feito melhor para afastá-lo, porém eu nunca, jamais, fiquei tão próxima de alguém assim. Era aterrorizante. Contudo, em contrapartida também era esmagador, no sentido mais intenso da palavra.

Íamos para a Universidade em poucos minutos e ela queria brigar justo no momento.

Eu não estava nenhum pouco no clima.

— Você já tirou suas conclusões, não posso fazer muita coisa — fechei a porta, passei por ela e, de costas, soltei a toalha.

Vesti a calcinha, então o resto da roupa em seguida.

Minha irmã marchava de um lado para o outro e eu só pude revirar os olhos. Eu esperei na noite anterior, porque sabia que ela viria com a conversa sobre como eu não podia ficar perto de Henry, porque ele era isso ou aquilo. Tudo bem, eu entendia; também não queria e não iria ficar perto dele. Não fui eu quem o agarrou, afinal, porra!

Eu já esperava aquela conversa, mas fiz só até noite passada, quando finalmente cansei e fui dormir. Não vi que horas que ela havia chego.

E, eu não estava com paciência naquela manhã.

EFEITO DO CAOSOnde histórias criam vida. Descubra agora