c a p í t u l o 11 - U n i v e r s i d a d e

954 138 28
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Everest

21 de Julho em Seattle

Naquela manhã, eu acordei mais cedo que o habitual, tomei um banho completo e sem pressa. Tirei do armário uma saia preta longa com florzinhas brancas, uma blusa também branca e um tênis da mesma cor.

Parecia um dia harmonioso. E eu queria deixar transparecer o meu estado de espírito através do que eu vestia. Estava feliz e em paz naquela semana e eu esperava que continuasse assim.

Depois daquele dia em frente ao hospital, os enfermeiros pegaram Henry e o levaram de volta. Eu não soube dele desde então.

Graças a Denali, que proibiu a menção do seu nome em casa. Na verdade, ela mesmo prometeu que não deixaria ninguém tirar a sua paciência o resto da semana que antecedeu as aulas.

Então nós saímos. Fomos ao cinema, lanchonetes e o Museu. Eu ria do quanto ela se esforçava para se divertir com aqueles passatempos que não eram a sua cara.

Mas foi legal.

Falar que eu estava me acostumando a ser seguida pelos homens do meu pai era um exagero, mas eu passei a ignorá-los parcialmente. No entanto, a sensação de estar sempre sendo vigiada, observada, me incomodava.

O remédio era engolir aquilo e seguir em frente.

Depois de pronta, passei a alça da bolsa pelo braço e saí do quarto.

Eu estava enchendo uma xícara de café quando minha irmã entrou na cozinha, visivelmente emburrada.

Ela estava pronta; numa calça jeans folgada, blusa rosa de alcinha e um óculos no topo da cabeça.

Caramba! Eu iria mesmo para a Universidade.

Eu, uma universitária....

Dei gritinhos e pulinhos internos, deixando um sorriso desenhar meus lábios ao levar a caneca até a boca.

— Você está sorrindo. — ela acusou inacreditada— Eu odeio você, Everest Luck Thomas, odeio!

Dei uma risadinha.

— Não odeia não.

Denali passou por mim pisando duro e foi se servir de café.

— Não poderia ser alguém normal? Quem diabos sorri no primeiro dia de aula?

Sorvi o último gole e fui até a pia lavar a caneca. Então virei para ela e estiquei os lábios num sorriso enorme que mostrava todos os dentes. Gargalhei quando fui atingida por um pedaço pequeno de pão.

—Não demora. — Gritei já saindo da cozinha. Ela rosnou feito um cachorro.

Eu corri para escovar o dente.

EFEITO DO CAOSOnde histórias criam vida. Descubra agora