°•ORDEM XVII•°

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714/12/02, Reino de Eisen, capital Sallow, propriedade Moore

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714/12/02, Reino de Eisen, capital Sallow, propriedade Moore.

"Ela seria a personificação de seus pesadelos."

Aquela altura, Stephanie, pendurada na primeira janela que avistou no segundo andar, já não tinha mais tanta certeza de que estava tudo ocorrendo de acordo com o plano. A imperatriz respirou fundo, seus dedos apertando o peitoril da janela, imaginando o que encontraria quando subisse.

Porém, antes de ficar à mercê dos seus pensamentos, ela fez uma contagem mental, balançando seus pés e movimentando os músculos dos braços, até que estava equilibrada no pouco espaço da janela, subindo o pano grosso para esconder parte de seu rosto. Assim que terminou de se arrumar, ela empurrou o vidro com sutileza, pousando no chão com destreza, finalmente longe do frio.

Stephanie fitou o local, captando os pequenos detalhes que constituíam o quarto, e percebendo que a madeira era de carvalho, a alvenaria perfeita alinhada e decorada com tapeçaria, sem nada desnecessário a compondo, concluiu que Gary Moore era um desgraçado, contudo, um desgraçado com bom-gosto. Sem contar que toda sua propriedade possuía o estilo que poucos conseguiriam.

Sua observação foi quebrada ao ouvir um grunhido ressoando ao seu lado, e atenta, não tardou para virar o pescoço encontrando Herniel e Gary juntos na mesma cama. Ela arregalou os olhos, e primeiro se felicitou por ter acertado o quarto, em seguida, tentou buscar uma resposta do por que o Ceifador estava dormindo ao lado de seu comerciante sem problema algum?

Entretanto, decidindo-se que a resposta poderia esperar um pouco mais, ela se apressou para se aproximar de Herniel e balançar levemente seu ombro, sussurrando um "acorde" ligeiro. Outro som de inconformidade brotou da garganta do comerciante, e em consequência do incômodo, ele abriu lentamente os olhos. A imagem de Stephanie formou-se aos poucos, e quando percebeu que era a pessoa quem pensou, se ergueu de supetão.

— Senhora, que está fazendo aqui? Como chegou aqui? — tocou o ombro da imperatriz com cuidado tentando se provar de algo, e no rosto de Stephanie surgiu um sorriso. — Está sozinha? — perguntou, sussurrando, visivelmente preocupado.

— Você acabou dessa forma por minha culpa, nada mais justo do que eu vir te salvar — disse, porém, antes que perdessem mais tempo naquela conversa, ela agarrou a mão do seu súdito com força. — Agora vamos antes de Gary acordar.

Herniel inconsciente de seus atos, desceu sua mirada em Moore que estava deitado a poucos centímetros de si, e por alguns segundos, observando o comerciante, Stephanie deu-se conta que ela estava hesitando. Queria saber a razão daquilo. Seu querido amigo nunca foi apegado às pessoas, mas parou por conta do ceifador?

— Vamos, Herniel — reforçou, sussurrando, já temendo a possível reação do homem. — Teremos que ir, independente do que aconteceu entre vocês nas últimas semanas.

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