GRIM REAPER¹, bellamy blake

043 sing along

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IONA FICOU surpresa ao ver Jasper andando no banco da frente da charrete. Desde a morte de Maya, ele não era o mesmo. Ele era emocionalmente instável e fechado, e raramente o acompanhava para deixar o acampamento.

Ele nunca comia, apenas bebia e bebia até desmaiar e seu dia recomeçar. Era um ciclo interminável que Iona observava há meses, e havia algo muito doloroso em vê-lo se desenrolar.

Um menino feliz e esperançoso que se tornou maníaco por seu mundo louco e implacável. Uma alma inocente adquiriu tons florescentes de preto à medida que se corrompeu; então, a corrupção os venceu e tornou-se tudo o que conheciam.

Jasper viu vermelho e preto e os tons mais escuros de azul. Ele não conseguia mais ver os brancos, as luzes ou o neon ofuscante que o mundo tinha a oferecer.

Ele viveu sua vida como uma cena de filme antigo; doentiamente lento e instintivo doloroso. Só que desta vez não houve feridas falsas e nenhuma morte foi apenas um truque de vista.

Era muito real e Jasper girava em círculos toda vez que observava o aglomerado ao seu redor. Ele não conseguia observar verdadeiramente o que aquilo tinha a oferecer, simplesmente cego pelos impulsos suicidas. Tudo era enfadonho, mas nítido, e cada situação se tornava sombria e sombria.

Iona esteve lá uma vez. Sua cela – sua vida dentro daquela cela – tinha sido da mesma maneira.

"Você está bem?" Iona se perguntou em voz alta, olhando Jasper com desconfiança de seu lugar perto da janela. Atena relinchou debaixo dela, como se estivesse alertando seu dono para continuar cuidando de seus próprios assuntos - mas Iona nunca dava ouvidos às regras.

Jasper não respondeu, olhando para a estrada e, pelo canto inferior do olho, Iona o viu apertar o botão de volume dos fones de ouvido.

Ele a estava desligando.

Iona assentiu com firmeza, suspirando, e bateu levemente nas laterais de Athena como um sinal para acelerar.

— Ele não está melhorando — murmurou Iona para Octavia, inclinando-se para o lado direito dela. Octavia assentiu levemente, tomando cuidado para não revelar que estava falando dos homens atrás dela. "Como você o encontrou esta manhã?"

"Bêbado", disse Octavia claramente. "como todos os outros dias."

Iona sentiu o estômago revirar e estremeceu um pouco, mas não foi por causa da conversa. Ela não conseguia se livrar da sensação de que estava sendo observada e, quando a música começou a ecoar alto por todo o carrinho atrás dela, ela encontrou o culpado.

Lançando um breve olhar - embora parecesse uma eternidade, ela tinha certeza disso - de volta à charrete, ela encontrou os olhos de Bellamy plantados em sua figura.

Ele estava admirando o redemoinho de tatuagens na parte inferior das costas que subia pelos ombros e pelos braços, mas geralmente não tinha essa visão.

Iona costumava usar seu antigo uniforme de comandante, cobrindo cada pedaço de pele.

Agora, com suas calças largas e uma camisa que ela havia cortado para caber nela - uma que ela tinha certeza que era de Bellamy para começar - que subiu quando ela se inclinou para sussurrar no ouvido de Athena, suas tatuagens na parte inferior das costas estavam expostas pela primeira vez.

Os desenhos eram intrincados, começando com uma cobra que subia por suas costas, espadas cortavam sua pele de vez em quando, antes de se tornar um dragão no topo de suas costas.

Isso significava que ela poderia resistir a qualquer dano – bem, essa era a mensagem tribal – mas a maioria das pessoas apenas via isso como uma obra de arte bacana. Para ela, parecia puro poder e lhe dava confiança.

Para Bellamy, porém, era algo novo descobrir sobre a mulher que ele chamava de amiga, e ele sorriu levemente.

Quando ela o pegou, porém, suas bochechas ficaram levemente rosadas e ele balançou a cabeça, encobrindo-a com um sorriso provocador. Ele fingiu tirar um chapéu na direção dela e ela riu, começando a cantar junto a música animada.

Por que não consigo apenas um beijo?