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O SORRISO DE IONA era sombrio enquanto ela olhava para Bellamy. Ele olhou para ela, hesitante e com medo, com o pulso dela na mão enquanto tentava afastar a adaga da garganta, onde estava perigosamente perto de perfurar a pele.

"Ela te odiou tanto pelo que você fez," Iona falou, fingindo fazer beicinho quando o rosto de Bellamy se encheu de pura culpa. "Ela queria machucar você. Ela queria rasgar você pedaço por pedaço até que você sentisse como ela se sentia."

Bellamy estremeceu, fechando os olhos enquanto a horrível imagem mental enchia seu cérebro.

Iona encolheu os ombros, soltando um suspiro falso. Ela olhou para o telhado pensativamente, sorrindo quando encontrou o olhar aterrorizado de Clarke no caminho, "Talvez eu devesse fazer o que a pobre Iona não conseguiu fazer. O que ela estava com muito medo de fazer."

Bellamy olhou para ela, lágrimas se manifestando em seus olhos. Ele começou a massagear o ponto em seu pulso – o local que parecia acalmá-la mais – e fez com que Iona levantasse uma sobrancelha em dúvida.

"Ona", ele murmurou baixinho, quase como se ele estivesse falando com outra pessoa – alguém dentro da mulher em cima dele. Ela parecia divertida, zombando, mas permitindo que ele falasse. "Sinto muito. Sinto muito. Por favor, não faça isso."

Iona resmungou: "Ela não consegue ouvir você."

Bellamy engoliu em seco.

Iona olhou para cima, seus olhos ficando turvos quando Alie entrou em sua linha de visão. A mulher inspecionou Bellamy de perto, bufando, antes de estreitar os olhos.

"Mate-o já", Iona sorriu com a ordem, "Não podemos arriscar que ele a traga de volta."

Assim que Iona assentiu, aplicando força em sua mão, tentando empurrar a adaga para perto de sua pele, apesar de seu aperto, foi quando a luta deles realmente começou.

Bellamy torceu o pulso, agarrando a adaga que caiu mole de sua mão. Ela revirou os olhos, gemendo de dor, antes que ele a jogasse de lado. Ele os rolou, trocando suas posições.

Iona estava, neste momento, farta. Ela foi implacável, puxando a camisa dele e trazendo a cabeça dele para mais perto dela. Então, ela bateu com força a testa na dele, fazendo o homem gemer, sua visão se enchendo de manchas.

Então, ela o empurrou para longe dela, ficando de pé. Sua mão procurou a bainha da katana, um olhar de confusão tomou conta dela quando percebeu a falta dela.

Iona se virou, quase sentindo a presença dele atrás dela, bem a tempo de se abaixar e desviar de um golpe de sua própria katana, empunhada por ninguém menos que John Murphy. Ele segurou-a fracamente, como se a katana pesasse em suas mãos, e ela riu.

"Cuidado", ela zombou, "você pode se machucar, Murphy."

Ele ofegou, mal encolhendo os ombros enquanto olhava para a arma dela. Ela estendeu a mão, estreitando os olhos

"Dê para mim e talvez eu não mate você."

Murphy riu secamente: "Ouvi isso antes. Curiosamente, não tenho mais medo da morte. Mas você pode tentar."

Iona revirou os olhos antes de, de repente, levantar uma perna para chutar o homem no estômago. Ele cambaleou para trás, tentando recuperar o fôlego que ela lhe roubara. Ela se aproximou, prestes a pegar sua katana, antes que a arma fosse jogada no chão.

Por que todo mundo estava jogando suas armas hoje?

Iona fez uma careta assim que o homem a derrubou no chão, atacando-a com uma série de socos. Ele acertou o nariz dela, fazendo com que o sangue escorresse por seu rosto até descer pelo lábio - e ela parecia completamente chateada.

"É isso", Iona rosnou. Ela pareceu perder qualquer senso de piedade que tinha antes, agarrando Murphy pela nuca - seu cabelo, em específico - e segurando-o.

Então, ela deu um soco perverso no rosto dele, fazendo os olhos do homem se fecharem, seu corpo caindo frouxamente em seus braços, caindo no chão ao lado dela. Ela olhou para ele, bufando, antes de se levantar novamente e procurar por Bellamy.

Ela não esperava que o homem a chutasse por trás, forçando-a a cambalear para frente, agarrando seu quadril assim que ela se firmou.

Iona virou-se para encarar o homem, olhando para ele com raiva - e Bellamy poderia jurar que viu um lampejo de terror nos olhos dela; sua Iona estava lá em algum lugar, ele tinha certeza disso.

Então, talvez de forma imprudente, o homem deixou que ela batesse nele. Bellamy deixou que ela investisse contra ele, atacando-o no chão e acertando-o até que o sangue escorresse de seu nariz, boca e seus olhos rolassem dolorosamente para a nuca.

Porque, apesar do medo, ele tinha esperança.

Ele tinha esperança de que Iona – sua Iona – soubesse em quem ela estava batendo. Ele tinha esperança de que ela se importaria, que ela iria querer defendê-lo - que ela ainda o amava - e que sairia dessa situação e pouparia sua vida.

Então, com um grito estrangulado, Bellamy exclamou:

"Iona!"

GRIM REAPER¹, bellamy blakeOnde histórias criam vida. Descubra agora