Capítulo 07

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Sentir seu corpo relaxado e estar em paz era algo que Dogday não sentia há meses. Ele estava em um estado de meio acordado, sentindo que estava deitado em algo não muito confortável, mas não tão ruim.

Ele estava se sentindo acariciado, soltando um suspiro de prazer e alívio, aproveitando o toque. Logo esse carinho desapareceu.

Seu sono acabou. Dogday abre seus olhos e vê que estava em um lugar diferente, o que para ele parecia ser um depósito de materiais de limpeza. Ele olhou para baixo, estranhando por não estar sentindo mais dor alguma, e vê todo seu abdômen enfaixado com curativos.

Ele então se lembra de tudo que aconteceu há algumas horas atrás. Ele lembrou de como foi resgatado de ter seu corpo mutilado por completo e ter uma morte horrível sendo comido por pelúcias canibais.

Onde estava o seu anjo? Era isso que ele pensava. Um barulho vindo ao seu lado animou as suas grandes orelhas. Ele vira seu olhar e vê a mulher humana cuja salvação foi provida por meio dela.

Dogday se movimenta para ir até ela, mas os panos e sacos de lixo que ele estava deitado fizeram ruidos e isso chamou a atenção da garota.

— Oh, que bom, você acordou. — S/n diz, se virando para ele.

Dogday olhou para ela perplexo.

— Anjo? É você... É você mesmo?

S/n vai até ele e segura suas grandes mãos contras as suas, acariciando-as enquanto sorria calorosamente.

— Sou eu sim. — Ela disse.

Seus olhos tremeram e começaram a lacrimejar. Tanto tempo que ele não recebia palavras calorosas, ou um carinho de alguém. Apenas dor e sofrimento foi o que ele recebeu.

Ele começou a chorar e a soluçar, achando um bom momento para poder soltar toda a angústia que o entristecia. S/n o olha com compaixão e se senta ao seu lado. Como um raio, Dogday se move e abraça S/n com o máximo de força que ele tinha.

Ele precisava de seu toque. Ele precisava sentir o seu calor. Seu corpo ainda se sentia gelado por causa das paredes Frias e úmidas daquela cela. S/n o acaricia em sua cabeça, o que fez com ele chorasse mais ainda por causa do carinho.

Seu corpo se relaxou. Aquelas memórias ruins foram substituidas pelas memórias que Dogday ainda tinha do tempo em que S/n trabalhou na fábrica. Ela sempre o ajudava quando ele se sentia sobrecarregado por cuidar das crianças e ser líder dos Smiling Critters.

Dogday era bem pegajoso com S/n no passado, mas nada impede que ele não vá ser agora. S/n o beija em sua cabeça.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo.

Durma bem, Meu anjo | Dogday x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora