Devaneio

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Meu primeiro dia não poderia ter começado melhor, para não dizer ao contrário

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Meu primeiro dia não poderia ter começado melhor, para não dizer ao contrário. Assim que coloquei os pés nesse hospital meu pai já falou mais do que qualquer ser humano consegue falar antes das 7h da manhã. A empolgação dele por eu estar aqui me dá náuseas. Como se eu estivesse aqui por vontade própria. Tento controlar minha expressão de tédio o que me exige muito autocontrole. Parei de prestar atenção no que ele falava quando a vi cruzar a porta de entrada. Ela fica tão linda - e gostosa - vestida de branco. Que merda. O que essa mulher fez comigo? Nunca uma mulher me tratou daquela forma, geralmente eu quem sou babaca. Acho que preciso arrumar uma distração e o hospital é um bom lugar. Aqui é cheio de enfermeiras e médicas. Talvez não seja tão ruim trabalhar aqui.

Quando estou andando pelos corredores para conhecer o ambiente encontro Alfonso conversando intimamente com alguma funcionária. Ao me ver ele encerra a conversa rapidamente e dispensa a moça que não ficou muito feliz. Maneio a cabeça e sorrio pelo nariz.

- Christopher Uckermann acordado antes das onze da manhã? O que aconteceu? Caiu da cama Bela Adormecida? - ele ri debochando

- Ha Ha Ha você poderia ser comediante Poncho, pena que morreria de fome - rolo os olhos - Você conhece o dr Vitor. Ele exigiu que eu chegasse mais cedo no primeiro dia algo sobre me mostrar como funciona o hospital - faço uma careta.

- Então é pra valer? Está mesmo trabalhando? - Poncho faz uma expressão de surpresa.

- É, oficialmente sou funcionário do meu pai - digo desanimado - só não sei até quando - dou de ombros dando um pequeno sorriso de canto.

- Vê se não apronta Uckermann. Você pode não gostar de estar aqui, mas seu pai levantou esse hospital com muito esforço e trabalha diariamente para mantê-lo como o melhor do estado - ele diz sério.

Era até estranho ter essa conversa com Alfonso, ele quase nunca falava sério ressalva quando o assunto era seu trabalho. Ele ama ser médico.

- Relaxa tá? - aperto sua bochecha e recebo um tapa na mão - não vou fazer nada que possa manchar o nome de Vitor Casillas - passo a língua entre os lábios quando duas residentes passam por mim e ele nos encarando com sorrisinhos divertidos - apenas vou me distrair - digo rindo.

Alfonso entende perfeitamente o que quero dizer, ele mais do que ninguém se diverte nesse hospital.

- Vamos vou te mostrar meu reinado - ele fala andando e eu o acompanho.

Acredito que ele esteja se referindo ao setor da neurologia.
Quando estamos andando pelos corredores vejo Dulce sentada em uma maca com um homem, que presumo ser um médico. Paro no meio do caminho e franzo o cenho cerrando meus punhos. Alfonso para e segue meu olhar vendo aquela cena que chegava a ser ridícula. Eles estavam abraçados íntimos demais, ela estava sorrindo demais, não ouvi o que conversavam, mas a ouvi chamá-lo de bebê.
Então é real? Ela tem outro?

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