001 - Prólogo

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01 de setembro de 2025, 7:30 da manhã
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JiWoon

Acordei com o som do despertador, abri os olhos e o vi, JiMin, o "amor da minha vida", virado de costas para mim naquela cama de casal. Faz cerca de 4 anos que nos conhecemos, mas faz 8 que estamos noivos, seu pai é dono de uma empresa alimentícia, uma das maiores da Coreia Unificada.

Nossos pais fizeram um acordo matrimonial, quando completássemos a idade de 22 anos, iríamos nos casar, nosso primeiro encontro foi em um jantar em família, ele é bastante frio, não sei muitas coisas sobre ele, não falamos muito, a única coisa que fazemos nessa casa é comer juntos e dormimos na mesma cama.

Eu ainda lembro muito bem a primeira coisa que me disse quando ficamos sozinhos "Eu não quero estar aqui e sei que você também não vamo colaborar vai, é só se casar e ter no mínimo um filho, nem precisamos nos falar." Seguimos essa regra a risca, conversamos de forma mínima, em casa, claro, na televisão, somos o casal modelo, tudo para evitarem saber que somos um casal arranjado, regras de contrato.

Percebi que o tempo que estive pensando, o despertador continuava ligado, então desliguei o aparelho que estava na cabeceira, me sentei na cama e me espreguicei. Levantei-me e fui direto ao banheiro, olhei meu reflexo e pensei nos meus compromissos

1º: Passar na casa dos meus pais

2º: Ir à Casa da Moeda, fazer a transferência do restante do pagamento do casamento

Meu casamento vai ser pago metade por mim, metade por JiMin, mesmo que nossos pais tenham feito o acordo, não iriam se responsabilizar por nada. Até chega a ser estranho, Certo? Meu pai sempre fez tudo e ainda falava por mim, afinal, nunca tive o direito.

3º: Ir à faculdade

4º: Ir ao estúdio de dança no final do dia

Meu pequeno estúdio, fundei ele sem meu pai saber, claro. Eu sou apaixonada em dança, nunca tive a oportunidade de fazer aulas, aprendia tudo em casa, escondida, obviamente, meu pais nunca poderiam saber disso, me proibiriam totalmente, minha rotina de hobbies sempre foi: Kumon, xadrez e vídeo aulas. Mas o que eu realmente gosto, nem tive a chance de cursar, é a dança. Meu pai colocou na cabeça que eu deveria comandar o Nation Hospital, ele saiu da França muito novo, para expandir o negócio, que era do meu avô, onde conheceu minha mãe, e desde então, planejou minha vida desde o nascimento. Isso é tão exaustaste, nunca sequer tive o direito de fala, o direito de opinar sobre minha própria vida.

Logo após relembrar os meus compromissos, tirei minhas roupas e fui tomar um banho, deixei toda a água escorrer em meus cabelos e pele. Troquei de roupa, coloquei uma regata branca, uma calça jeans preta e uma jaqueta de couro preta, pelo início de outono da Coreia, mesmo que seja verão, o tempo está bastante chuvoso e frio. Ao sair fui a cozinha e vi que JiMin já estava acordado. Ele apenas acenou para mim, enquanto pegava uma torrada e se sentava na grande mesa da sala de jantar.

Fiz apenas um copo de suco e fiquei em pé, apoiada no balcão da cozinha, vendo JiMin comer. Depois de ter tomado outro gole do suco falou:

— Vou na casa da moeda transferir o dinheiro para cerimonialista hoje, já pagou sua parte? — Eu disse olhando para ele, que estava mastigando, esperei ele terminar e ele disse:

𝐈𝐍𝐅𝐋𝐔𝐄𝐍𝐂𝐄 | La Casa de Papel: CoreiaOnde histórias criam vida. Descubra agora