005 - Hematofobia

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04 de setembro de 2025, 15:45 da tarde
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  O desespero percorria pela espinha de todos os assaltantes, incluindo nós, reféns, já bastava um "assassinato" dentro da Casa da Moeda, agora teríamos uma pessoa morta por ser baleada, justamente por quem deveria estar do nosso lado, a polícia. Enquanto eu estancava o sangue do diretor, com as gazes, Os assaltantes levavam os reféns restantes para o museu, foi quando eu ouvi a voz de Tóquio:

JiWoon, quando você terminar, vem comigo. — Falou ela, provavelmente se tratava de MiSeon, então logo assenti — Você também, Rio. — Ela falou, olhado para Rio, que assentiu, mas ainda tinha o rosto esbanjando o nojo que tinha pelo sangue.

  Continuei estancando o sangue do diretor por mais 5 minutos, até o momento em que  achei necessário e que a gaze havia ficado totalmente encharcada. Não havia nada mais quê eu poderia fazer. Logo olhei para Tóquio que entendeu que eu já tinha terminado.

  — Helsinke, leva ele pro museu. — Tóquio ordenou, fazendo o homem assentir, levando ele em direção ao corredor. Logo Tóquio apontou com a cabeça para o lado oposto que Helsinke havia ido.

  Caminhamos por alguns minutos em completo silêncio. Eu estava preocupada com Joseph, sua face estava realmente abalada com a imagem que tinha visto antes, não sabia que o medo dele por sangue era tão profundo. Então, finalmente chegamos a um cofre da casa da moeda, onde a porta estava entreaberta, mas Tóquio abriu mais um pouco, o quê fez Moscou e Denver — que estavam lá dentro — pegarem suas armas encima do balcão pelo susto.

  — Que foi? — Rio perguntou.

  — Droga. — Resmungou Denver — O que ela tá fazendo aqui? — Perguntou ele, se referindo à mim.

   — Eu sou a que tem maior conhecimento em medicina, mesmo não sabendo ao certo a situação da MiSeon, sei que posso ajudar em algo. — Argumentei.

   — Eai? Ela tá viva mesmo? — Perguntou Rio, arrodeando a bancada de mármore, vendo MiSeon sentada no chão, ela estava suando muito e com a perna em que levou o tiro com gaze encharcada de sangue. Logo me aproximei e agachei perto dela, vendo a situação, retirei a gaze de sua perna e vi a perfuração com sangue ainda saindo dela. — Ai caralho.

  Logo ouvi Rio desprezando seu nojo pelo sangue. O que fez Tóquio olhar para ele, creio que nenhum de lá sabia da fobia de Han Joseph por sangue, mas logo ele se recompôs. Analisei um pouco sua perna e Vi que como havia mais de horas que a bala estava alojada no corpo dela, era necessário uma cirurgia com alta precisão, eu precisaria da ajuda de alguém.

   — Tá tão ruim assim? — Perguntou Denver.

  — Eu tenho que tirar a bala, se não, ela pode perder o movimento das pernas. — Expliquei.

  — Como é? — Perguntou Moscou, pasmo.

   — Então opera ela. — Falou Tóquio

   —  Pois é, os médicos estão vindo. — Disse Denver. — Eu posso roubar as ferramentas deles! — Denver deu sua ideia.

  — Isso aí. — Falou Moscou.

  — Por favor... — Pediu Tóquio, nunca havia visto esse lado tão gentil dela, ela pode ser uma sequestradora, mas ainda é humana.

𝐈𝐍𝐅𝐋𝐔𝐄𝐍𝐂𝐄 | La Casa de Papel: CoreiaOnde histórias criam vida. Descubra agora