SPEED (PITANDA)

Capítulo 03

Pitel não conseguia se familiarizar com os horários. Sempre chegava atrasada nos compromissos. E agora tudo piorou, pois ela teve sua carteira de motorista suspensa, por conduta imprudente. Então resumidamente... Sua vida estava um caos.

—Ah não – Pitel resmunga quando vê o ônibus que ela ia pegar sair lentamente da parada de ônibus. – Davi! Me espera, seu fuleiro – Pitel gritava enquanto tentava alcançar. – Droga... Davi. – Pitel gritava, mas, toda vez que ela chega perto da porta do ônibus, Davi acelerava um pouco mais. – Davi, para! Droga. Isso não se faz,porra – Pitel corria. – Com licença, eu estou passando. – Pitel empurrava o pessoal que estavam na calçada. – Davi!!! – Pitel gritou, mas uma vez e viu o ônibus parar.

—Aqui não é o ponto, você sabe. – Davi fala gargalhando, da brincadeira que tinha feito com Pitel.

—Sei. – Pitel falou olhando para o chão, envergonhada.

– Entra logo. – Davi fala depois de abrir a porta.

—Você é uma pessoa boa. –Pitel fala aliviada. – Vou lhe dedicar minha próxima apresentação. – Pitel fala enquanto Davi coloca o ônibus em movimento.

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Fernanda dirigia feito uma louca em seu Jipe. Ela já tinha perdido a conta de quantos sinais vermelhos ela tinha cruzado. E de quantos acidentes ela tinha quase provocado. Aquela adrenalina estava fazendo suas veias pulsarem alucinadas. E na sua mente um letreiro piscava: Vingança.

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Pitel se acomodou no ônibus, de frente a uma mulher negra, que todos os dias lhe fazia companhia, durante a viagem, desde que começou a usar aquela linha.

—Oi Raquele. Bom dia. –Pitel fala assim que se senta. – Como você... – Pitel estava falando quando alguém atrás de si lhe interrompeu.

—Primeira vez em Los Angeles. – Um homem loiro falou.

—Ah... Não... Eu moro aqui. – Pitel fala olhando brevemente para trás.

—Não... Não estou falando de você. Estou falando de mim. Eu estou passeando– O homem fala. – Meu nome é Nizan... Qual é o seu?

—Oi Nizan. – Pitel fala olhando a bolsa. – Meu nome é Giovana. Seja bem-vindo. – Pitel continuou a olhar para sua bolsa, não dando o mínimo de atenção possível para o Nizan.

—Eu odeio usar a palavra turista. – Nizan não se toca da indiferença da morena. – Mas, eu acho que não dá para esconder. – Ele fala tentando mostrar para Pitel seu mapa e sua câmera.

—É mesmo, está na cara que você é turista. – Pitel fala revirando os olhos.

—Ah meu Deus. –Nizan continuava a puxar assunto. – Eu levei três horas para chegar aqui. – Nizan fala e Pitel aproveitando que está de costa para o rapaz, tira o chiclete da boca e enrola no dedo. – Eu me perdi. Los Angeles é muito grande. Claro, você mora aqui e talvez nem repare. – Nizan engatou em um monologo e Pitel naquele momento só queria sossego. – Eu sou do interior.