Capítulo 10

173 17 2
                                        

—Estamos apavorados. Então por favor, para e me diz o que aconteceu. – Pitel pediu. Mas, Fernanda continuou a chorar com as mãos apoiada no ônibus. – Por favor, se acalme eu não consigo sozinha. – Pitel acariciava braço de Fernanda até que seu choro cessou e a morena olhou um pouco para estrada e limpou as lágrimas. – Por favor, me diz o que houve. – Pitel fala e Fernanda dá uma risada fraca e depois fala.

—Vamos morrer. –Fernanda.

—Não, Nanda. – Pitel segurou a mão de Fernanda. – Nós já chegamos até aqui. Não vai acabar assim, mas para que isso aconteça preciso de você comigo. – Pitel fala segurando a mão tremula de Fernanda, após a mesma se virar para os passageiros e os ver lós assustados. E pela primeira vez, Fernanda não tinha o que dizer.

***

Depois de alguns minutos. Admirando mais um pouco a cacheada, Fernanda observa o nome que está escrito na jaqueta de Pitel e logo cai a ficha.

—Você fez a universidade do Arizona? – Fernanda pergunta próxima a Pitel.

—Sim, fiz e daí? – Pitel falava olhando para a estrada.

—Nada não. Eles tinham um bom time de futebol. – Fernanda.

—Eu acho que sim, não entendo muito o esporte, apenas era líder de torcida. – Pitel

—Os gatos selvagens, esse era o nome do time. – Fernanda fala séria.

—Isso mesmo. – Pitel falou sem entender aonde Fernanda queria chegar.

—Ele ver você. – Fernanda fala baixinho fazendo sinal de negação com a cabeça.

—O que? – Pitel não escuta o que a latina fala.

—Ele ver você. –Fernanda fala no ouvido de Pitel.

— Como assim? – Pitel.

—Continue olhando para frente. – Fernanda fala e começa a procurar algum vestígio de câmera e encontra atrás de um retrovisor interno.

—Eu não estou entendendo nada, Nanda. – Pitel fala confusa.

—Ele te chamou de gata selvagem e eu nem liguei. – Fernanda fala. – O pequeno polegar está com uma câmera bem no seu rosto. – Fernanda fala indignada. –Ele está brincando comigo desde o início.

—Ele pode me ver, mas, será que ele pode me ouvir? – Pitel.

—Parece que não. Ele apenas lhe ver. – Fernanda.

**

Fernanda após verificar e só achar apenas uma câmera, ela acha que já hora de falar com os passageiros.

—Olha gente, tem uma câmera no ônibus sobre meu ombro esquerdo. – Fernanda falava enquanto se movia pelo ônibus. –Eu quero que olhem direto para frente, não faça movimentos largos. Tudo bem? – Fernanda fala e depois pega o rádio transmissor do colete. – Aqui é a Fernanda... Sim eu já soube sobre o Bin... O pessoal da TV ainda está ai? Sim?!Pois eu quero que você faça isso... – Fernanda começou a dar as instruções para Boninho.

SPEED (PITANDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora