× 7 × Ciclos Além do Crepúsculo

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"Em meio às sombras, a luz da esperança é mais intensa

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"Em meio às sombras, a luz da esperança é mais intensa." - Anônimo

Jeongguk foi um bom vampiro. Ele estudou arduamente a respeito da adaptação humana em casos de traumas tão profundos como os de Taehyung e, assim que chegaram na mansão, deu a ele todo o tempo do mundo.

O humano ficou petrificado ao adentrar seu novo lar, constatando que não era escuro, velho e fedido como sua mente ansiosa o fez pensar que seria. Provando o contrário, a casa dos vampiros era preenchida de paredes brancas como sal estendendo-se pelo cômodos, enfeitadas por quadros pintados a mão tão bonitos e profundos que ele poderia se perder facilmente.

Havia lareiras em pontos estratégicos e diversos artigos de arte. Em um canto torneado por vidro, um lindo piano acinzentado descansava docemente, atraindo toda a atenção merecida ao ser iluminado pelo sol.

ㅡ É b-bonito... ㅡ murmurou Taehyung, ajeitando seus óculos, Jeongguk sorriu satisfeito ao ouvi-lo.

ㅡ Eu que decorei ㅡ gabou-se ele, com um sorriso confiante. ㅡ Você gostaria de explorar a casa ou prefere conhecer seus aposentos primeiro?

Taehyung o espiou.

ㅡ Aposentos? Voltamos à 1600?

ㅡ Oh, não... Eu nasci em 1423. ㅡ O vampiro sorriu para Taehyung, que o encarou incrédulo. ㅡ O que foi? Eu sou o quarto mais velho da casa.

ㅡ Põe velho nisso...

Jeongguk não pôde deixar de rir para o comentário bobo do humano, satisfeito por vê-lo agindo com um pouco mais de humor finalmente.

Taehyung estava sempre tão apático e oco, como se não houvesse uma alma ressoando por baixo de sua pele. Mas dessa vez, com aquele pequeno comentário, Jeongguk contemplou um vislumbre do que um dia foi a humanidade daquele garoto franzino. Então havia esperança. Nem tudo estava perdido.

O vampiro, satisfeito, estendeu-lhe uma mão.

— Deixe-me levá-lo até seu quarto. Sei que quer um tempo quieto.

Taehyung agradeceu em silêncio, segurando a mão de Jeongguk e deixando-o guiá-lo escada acima, mostrando-lhe em silêncio os cômodos vastos daquele enorme casa. Era tudo muito iluminado e... vivo. Apesar da casa ser habitada por imortais, havia vida em cada pedaço de chão daquela casa. Era diferente de seu antigo lar. Então, Taehyung se deu conta de uma coisa, ele nunca teve um lar. O que construiu com Kang foi tudo — um inferno, uma prisão, um castigo — mas nunca um lar.

Durante seu caminho, ele se pegou pensando em como seria seu quarto, mas nada o preparou para aquilo. Era... etéreo. Cuidadosamente enfeitado com toques tão pessoais que ele podia até mesmo sentir a familiaridade dos detalhes.

Havia um carpete branco, com almofadas em um canto, um guarda roupa de madeira clara extenso enfeitado por espelhos, uma escrivaninha cheia de materiais de papelaria e eletrônicos para estudo e passatempo. Uma cama com cobertores também brancos, mas com mais almofadas em cima. Tudo coberto por plantas verdes e naturais, flores roxas e rosas entre elas. Havia livros. Tantos livros que Taehyung perdeu a conta. As luzes eram coloridas e agradáveis, estrategicamente arrumadas para um bom sono.

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