κεφάλαιο τέσσερα

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⁠✧⁠*⁠。Um cavalo que fala latim*⁠.⁠✧

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Outro sonho com aquele garoto,mas dessa vez ele parecia preocupado, como se soubesse oque tinha acontecido. A cada passo que eu dava para perto dele, minhas preocupações iam embora, me deixando apenas com uma sensação de conforto. Quando eu finalmente cheguei na frente do homem, estava totalmente tranquila, como se um monstro não tivesse tentado me matar a pouco tempo atrás. Ele abriu os braços para um abraço e uma voz calma apareceu, ele não estava movendo seus lábios e voz parecia estar dentro de minha cabeça, mas suas expressões condiziam com as falas que diziam.

"Minha criança, eu sinto muito por não tê-la ajudado, mas você foi incrível, como a garota que eu fiz para ser. Você me orgulha tanto, minha princesinha..."

Finalmente me deu um toque de quem ele era, o suposto Deus que me deu de presente para minha mãe. Sua voz era tão gentil como nas minhas memórias falsas dele, ele tinha um cabelo loiro como o sol, e sua pele bronzeada emanava calor.

"Pai?"

Minha voz sai falhada, como em um jogo travando, e o homem responde balançando a cabeça, e então, eu acordei com gritos do Percy.

- Nono?! Você tá bem??- ele diz, sua voz ainda era abafada por um zumbido, quando abri meus olhos uma claridade me fez os fechar novamente, repetindo isso algumas vezes até me acostumar. Assim que consigo realmente manter meus olhos abertos vi Percy, acompanhado por Grover, imagino que ele estivesse tentando acalmar Percy e fazê-lo parar de gritar.

- Que bom... Vocês não estão machucados, estão? - foi a primeira coisa que consegui dizer naquele momento, as lembranças daquela noite tinham voltado a me cercar, de Percy sendo arremessado por um homem touro contra uma árvore, Grover desmaiado gritando por comida e aquilo... Eu só queria que tudo fosse um pesadelo... Selly havia morrido, eu só conseguia pensar em como Percy estava, lembrando de como fiquei após a morte de minha mãe.

- Para de se preocupar com a gente, você tá muito pior!- Grover diz, os dois garotos pareciam realmente bem, eu já não poderia dizer o mesmo de mim, meu corpo estava dolorido, com algumas partes ardendo e uma das minha perna doía tanto que eu pensei que havia quebrado ou torcido. Eu não lembrava de estar em um estado tão ruim e com tanta dor, mas imagino que a adrenalina tinha me mantido forte.

- Sim, sinto muito.- dou um sorriso.- podem me ajudar a levantar?

Ergo minha mão em direção aos meninos que se juntam para me levantar.

- Você não vai conseguir andar né?- Grover pergunta, imagino que tinhamos algum lugar para ir.

- Não tenho certeza.- eu acho que era um não, mas eu dava um jeitinho.

O pequeno bode pareceu triste e preocupado, mas seu rosto se iluminou por um milésimo de segundo pegando uma taça de vidro muito bonita, com um suco vermelho dentro e um canudo espiral que fazia um coração, como decoração tinha um pequeno guarda-chuva e um morango cortado.

- Que drink bonito.- digo quando Grover me entrega.

- Tenho certeza que você também vai amar o gosto...

O tom de voz dele era suspeito, mas ele parecia estar falando sério.

Tomo um gole daquela bebida, sentindo gosto de jujubas na minha boca, iguais as que eu comprava para comer com os meninos, logo mudando para amoras frescas, o mesmo gosto das que eu plantava com minha mãe, o gosto mudou mais uma vez, bolo de morango, eu fazia com a vovó todo final de semana. Senti lágrimas cobrindo meu rosto.

-Tem um gosto muito bom mesmo...- limpo as lágrimas que haviam caido e Grover pega o copo da minha mão.

- Como era?- sua voz era melancólica.

A melodia de batalha ~ Clarisse La Rue × Oc ⁠✧⁠*⁠。Onde histórias criam vida. Descubra agora