capítulo 23|𝓕𝓲𝓷𝓪𝓵𝓶𝓮𝓷𝓽𝓮𝓼

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A Comunal da Sonserina estava lotada de adolescentes com seus hormônios à flor da pele. A Lufa Lufa ganhou o jogo esta tarde, e Blase teve que manter sua palavra. E cá estou eu, em uma festa da minha casa logo após um dia extremamente cansativo. Não teria vindo se Draco não tivesse insistido. Faço coisas por ele que me enlouquecem.

A superlotação na minha casa começava a me deixar nervosa, me sentia sufocada. A cada segundo era uma pessoa a passar rapidamente por mim, não sei quantas vezes já quase caí.

Todas essas pessoas passando por mim estão me deixando agoniada, a mesa de bebidas está logo à minha frente, tento chegar até a mesa para que possa respirar em paz mas um filho da puta decide esbarrar em mim com toda sua força.

Meu corpo se desequilibrou, porém braços fortes me agarraram impedindo o chão ser meu destino da noite.

Ei, Morgana — A voz e a risada eram conhecidas, Blaise ainda mantinha seus braços à minha volta — Nem ficou comigo e já tá caindo de amores por mim? — Sua risada era presunçosa.

O moreno de corpo harto ficou na minha frente enquanto todo seu ego era posto na expressão orgulhosa do seu rosto.

Nem mesmo nos seus melhores sonhos, Blaise — Uma leve risada escapou por meus lábios, mas ela era de desconforto, e não diversão.

Sinto meu corpo queimando, como se alguém estivesse me encarando a fim de arrancar a minha alma. Vamos ser sinceros, eu sou linda, mas não precisa me encarar ao ponto em que eu sinta meu corpo queimar.

Nos meus melhores sonhos, a gente fica sozinho e posso aproveitar esse seu corpinho a noite toda — Blaise coloca sua mão na minha cintura enquanto me puxa contra seu corpo, seu rosto se aproxima do meu tanto que posso sentir seu hálito quente e infestado de bebida alcoólica.

Não, Blaise. Sai de perto de mim! — mandei enquanto tentava empurrar ele pra longe de mim, mas seus braços torneados e musculosos eram mais fortes.

Qual é Morgan? É só uma noite, não faz mal pra ninguém. A gente pode sair daqui agora mesmo e ir pro meu quarto

De supetão seu corpo é afastado do meu, e pela primeira vez na noite a multidão de pessoas se abre e no meio dela estão eu, um Blaise no chão com o lábio sangrando e um draco raivoso com os pulsos fechados pronto pra briga.

Eu já não tinha falado pra ficar longe dela, seu filho da puta? — Sua voz estava grossa, sua raiva era nítida.

Qual é Malfoy? Vai me dizer que a Morgana é sua propriedade?

Mesmo que ação de Draco tenha sido pra me defender, não entendo toda sua raiva e a ironia na fala do Zabine.

Eu já te avisei uma vez, se você sequer encostar nela, um mísero toque novamente, você tá morto! — Draco afirmou com tanta avidez que realmente acreditei que ele mataria Blaise, que acreditei que eram amigos.

As pessoas à nossa volta observavam tudo chocadas, esperando a briga se desenvolver para espalharem fofoca pelos corredores no dia seguinte.

Draco — Chamei, seus olhos cinzas e furiosos me encaram mas por um momento parece suavizar — Chega desse showzinho, vamos embora! — Agarro seu braço enquanto faço o caminho da saída com Malfoy em meu encalço.

Pensei que ir para os dormitórios não seria uma boa ideia, ficar andando pelos corredores também não, então fiz o caminho para a torre de astronomia. O caminho todo Draco ficou em silêncio, só escutei um murmúrio quando sua mão agarrou a minha.

No topo da torre de astronomia, o silêncio reinava, diferente da comunal que era o som de conversas alheias, adolescente se pegando e a música alta, algumas almofadas estavam espalhadas pelo chão, por causa da última aula que teve. Daqui dava para ter a visão perfeita dos montes que cercavam Hogwarts e das estrelas.

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