Após a conversa com Draco, Harry foi diretamente para a casa de seus pais, o resto do trio foi para suas casas preparar suas malas, além do mais, era início do final de semana, o primeiro final de semana de volta para a Ordem.
O que lhe preocupavam, eram os novos ataques. Arthur Weasley tinha mais informações do que os demais, logicamente por trabalhar no Ministério lhe dava informações que não sairiam de lá.
Outra coisa que preocupava a Harry, era Morgana. Depois do que Draco lhe disse e pediu, Harry ficou com uma pulga atrás da orelha.
Todas as vezes que via a garota, sua cicatriz parecia lhe chamar, avisar de alguma forma. Ele sentia que existia algo, não ruim, mas não resolvido. Porém, vindo de Draco, que todos acham que agora é um Comensal, o deixava ainda mais desconfiado da garota.
Mas existia um lugar, na casa dos Potter, que nunca foi aberto. Um porão. Harry nunca viu aquele cômodo aberto antes. Não que desconfiasse dos seus pais, mas estava disposto a ver o que aquilo escondia, e se as coisas que ele sentia e Draco lhe disse faziam sentido.
(...)
Assim que chegou em sua casa, apenas tentou lidar com seus pais e seu padrinho o mais naturalmente possível, para não os preocuparem sem motivos.
Os ajudou a fazer uma pequena mala com algumas coisas que vão precisar na Ordem, e logo subiu para seu quarto no segundo andar e arrumou uma pequena mochila para levar a Ordem ao amanhecer.
Logo após, silenciosamente foi até a última porta em seu corredor, onde era considerado o porão.
Abrindo lentamente a porta com o feitiço Alohomora, passando por ele e fechando rapidamente atrás de si.
Harry conjurou Lumos na ponta de sua varinha, deixando o ambiente um pouco mais visível para seus olhos. Havia muitas caixas, uma pequena mesa montada, tapeçarias na parede, uma cortina fina na janela e muita poeira.
Ele começou a buscar por qualquer mínima pista ou prova. Procurou nos armários da pequena mesa, nas caixas que estavam empilhadas no chão, mas não achou nada além de heranças velhas dos avós, de seus próprios pais em suas épocas em Hogwarts e seu berço de quando era bebê.
Suas esperanças já estavam pequenas, estava se sentindo um idiota por ter deixado levar pelas falas de Malfoy. Até ver uma caixa, um pouco escondida ao lado de seu berço. Estava com pouca poeira do que as demais, e tinha marcas de mãos, marcadas pela poeira.
Parecia remexida
Harry fez aquela caixa flutuar até si, a deixando no chão. Ele se abaixou e abriu cautelosamente a caixa.
Dando de caras com 3 pequenos quadros, roupas de bebê e uma raposinha de pelúcia.
Ele esticou sua mão até o quadro, o virando e o vendo no colo de seu pai, e sua mãe com uma criança nos braços. Identifica a ele, apenas seus cabelos ruivos escuros e suas sardas os diferenciavam.
Morgana
Instantaneamente esse nome veio à sua mente. Algo em si mesmo doeu, gelando sua espinha. Sua irmã estava ao seu lado a mais de semanas e nunca sequer passou em sua cabeça que ela seria seu sangue.
Logo, o gelo que estava em sua espinha foi tomado pela raiva e dúvida.
Harry pegou a caixa e saiu do cômodo rapidamente, desnorteado, indo até a sala de jantar onde seus pais e seu padrinho estavam, jogando a caixa na mesa causando um alto barulho, fazendo todos pararem e olharem para ele.
— o que é isso? Quem é essa criança?! — ele perguntou, pegando o pequeno quadro em suas mão.
— querido… precisa se acalmar — Lilian diz calmamente.
— me acalmar!? Deixaram a minha irmã escondida de mim!
— Harry, não fale assim com sua mãe! — Thiago chega mais perto dele.
— e como eu devo? Estão mentindo pra mim todos esses anos?!
— Harry — Sirius o chamou, fazendo o olhar para ele — não fizemos certo, mas precisa entender-
— Quem sabe? — Harry perguntou seriamente.
— todos… — Lilian respondeu com seus olhos já cheios de lágrimas — Molly, Arthur, Remus e Tonks
— Todos mentiram pra mim por 16 anos! — ele olhou para caixa vendo as pequenas roupas, a película e os quadros.
— no dia do ataque — Thiago começou — depois que Voldemort se foi, e eu e sua mãe acordamos, ele já tinha levado ela…
— Morgan… — Lilian diz, entre soluços — não queríamos deixar a dor e o peso maior…
Sua cabeça estava uma bagunça total. Seus pensamentos se atropelavam.
— eu achei ela… em Hogwarts… — Harry diz, se sentando.
— como tem certeza disso, Harry? — seu padrinho pergunta.
Lilian se senta ao lado de Harry prestando atenção em seu filho, lembrando da carta que ela e o marido receberam de Dumbledore algumas noites antes.
— Minha cicatriz sempre tentou avisar algo. Algumas pistas que eles deixaram escapar-
— eles? — interrompeu Thiago.
— Draco e Morgan. Eles estão juntos, sempre estiveram
— e quando ela esteve com Fred? — Sirius perguntou.
— Draco sempre esteve no meio…
Um longo silêncio atingiu a sala. Todos quietos, olhando para baixo.
Todos sabiam que Lucius estava com Voldemort e era um de seus seguidores novamente, ainda não tinham sua confirmação de Draco, mas por ser filho de Lucius, deixava isso bem claro.
O que preocupava Lilian, era sua filha ter seguido o mesmo caminho.
— meu filho — Lili tentou colocar sua mão por cima da de Harry, mas rapidamente ele tirou de cima da mesa — tente entender… não desistimos dela, nunca. Não contamos para você, porque não queríamos colocar mais peso você… eu juro que nunca desisti da sua irmã, sempre desejamos ter nossa família unida novamente
— então faça — ele disse — sabemos onde ela está, com quem está. Agora é a hora de fazer isso.
Todos ficaram calados, olhando uns para os outros. Pensando em mil hipóteses de todas as coisas que poderiam acontecer e o que vai acontecer.
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Hogwarts: Blood For Blood
FanfictionApós atacar Thiago Potter e Lilian Potter na noite do dia 31 de Outubro de 1981, Voldemort levou a menina Potter e a manteve escondida por anos, a transformando em sua arma para acabar com a escória e principalmente com seu irmão. Harry Potter. Ele...