Maratona 4/4
Pamella on
Não sei onde eu estou, já faz quase um dia inteiro que estou dentro desse carro.
Ele parou em alguns lugares e me deixou ir ao banheiro, mais sempre ia comigo pra eu não fugir.
Pamella: Por favor Matheus, meu deixa em qualquer lugar, mais me solta pelo amor de Deus
Minha voz esta trêmula e meus olhos marejados.
Matheus: Porra Pamella, você fudeu com a minha vida.
Ele fala alto e bate a mão no painel do carro.
Pamella: Eu? Você me drogou, me estuprou e me abandonou em um lugar qualquer. Eu tinha 14 anos, 14 anos Matheus.
Quase não consigo falar em meio as lágrimas.
Matheus: Agente tava curtindo porra, você tava afim, você pediu a droga e você quis transar.
Pamella: Matheus por favor, pensa direito, se você fizer alguma coisa comigo o IShow vai atrás de você, eu estou grávida, por favor me solta.
Ele me olha e da risada.
Matheus: Eu vou conseguir uma grana pela sua linda cabecinha, vou sumir e seu traficantezinho nunca vai me achar.
Olho pela janela e vejo a placa de Bem vindo a Ribeirão Preto. Porra, estamos em São Paulo? Caralho quanto tempo vai levar pro Victor me achar?
Paramos em frente a uma casa antiga, cheia de folhas e panfletos. A casa aparentemente esta abandonada.
Ele me tira de dentro do carro com a arma nas minhas costas pra eu não gritar.
Entramos e ele me leva ao que parece ser um quarto.
Matheus: Senta ai e estende as mãos.
Obedeço e me sento em uma cama empoeirada e estendo minhas mãos.
Ele amarra as minhas mãos e depois amarra meus pés no pé da cama.
Matheus: Vou até o mercado comprar algumas coisas, não ouse fazer barulho. Quer saber, melhor previnir.
Ele tira uma blusa dele de dentro da bolsa, enrola e depois coloca na minha boca.
Matheus: Vê se não se machuca viu, não vão fazer a troca se você estiver machucada.
Começo a chorar desesperada. Eu não posso ficar aqui. Peço a Deus que Victor esteja procurando por mim e que ele me tire daqui logo.
Eu não confio nesse cara, a única vez que confiei ele acabou me drogando e me estuprando.
Preciso ficar calma, não posso me estressar ou posso colocar os bebês em risco.
Choro por tanto tempo que acabo pegando no sono. Acordo assustada com o barulho da porta sendo aberta.
Matheus: Opa princesa, te acordei?
Ele sorri e coloca várias sacolas no chão na minha frente.
Matheus: Comprei algumas coisas pra você comer e também alguns remédios caso você precise.
Ele pega uma garrafa de água de um engradado que ele também deve ter comprado e me entrega.
Matheus: Toma bebe, você tem que estar bem ou eles não vão me dar meu dinheiro.
Pamella: Não tá batizada nao?
Ele nega com a cabeça e eu pego a garrafa.
Bebo um pouco e vejo ele pegando o celular e tirando uma foto minha.
Ele sai do quarto mais consigo escutar ele falando no telefone com alguém.
Por favor Victor, me tira logo daqui.
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O Dono da Rocinha
FanficPamella é uma estudante de direito que mora na Rocinha e tem a vida tranquila. Mais tudo muda quando seu irmão resolve entrar na vida do crime e isso acaba colocando ela no caminho do dono do morro. *Alguns personagens são totalmente o oposto da vi...