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Assim que desço as escadas noto que estou sem nada no pé.

Olho para a sala e vejo Connor escorado no enorme sofá de frente pra mim.

Merda.

Corro o mais rápido de volta ao meu quarto.

Assim que chego procuro um chinelo, olho debaixo da cama e o encontro.

Coloco minhas havaianas no pé e volto para a sala calmamente como se nada tivesse acontecido.

Quando chego ele não está mais lá.

Ando até a cozinha.

- Finalmente querida - Eva diz enquanto coloca mais vinho em sua taça - Rebecca, essa é minha neta, a Lilith.

Dou um passo em direção a ela e aperto sua mão.

- Oi, prazer - sorrio de forma meiga e sou retribuida com um abraço de tirar o fôlego.

- Oi Lilith, seja bem vinda, estou a disposição - me solta e vira em direção  a Eva - Não sabia que você tinha uma neta tão linda Eva, não é Connor? - Rebecca o belisca quando vê que ele não estava prestando atenção.

Seguro a risada.

- É - diz passando a mão no braço que sua mãe havia beliscado.

Arqueio uma sobrancelha e olho para Connor como sinal de vingança.

Nos olhamos sem desviar em sinal de guerra.

- Lilith? Seja educada e vá comprimentar ele - Eva sussura em meu ouvido.

Desvio o olhar e a encaro, sua feição não está negociável.

Droga, perdi.

Caminho em direção a ele e aperto sua mão.

- Boa fiote - falo em português.

Sua expressão é de confusão.

Olho para Eva que me encara com pura repreensão.

- Ela é brasileira, por isso esse comprimento gente - sorri de forma meiga - Lilith querida vai mostrar a casa pro Connor, eu e Rebecca temos muitos assuntos que por em dia.

Olho para ele e faço um sinal com as mãos apontando para a porta.

Espero ele sair e vou atrás.

Assim que chegamos na sala olho para a TV distraída e bato a cabeça em suas costas.

- Ai, mas que merda fio - massageio minha testa - Fica aí parando do nada.

Desvio de suas costas e o encaro.

- O gato comeu sua língua ?

Seu olhar passa por todo o meu corpo pausadamente.

Coloco as mãos na minha cintura esperando uma resposta.

Seu olhar para em meu pé.

- Para de olhar meu pé seu pervertido.

Ele dá um passo até ficar a centímetros do meu corpo.

Não recuo.

Seu corpo arqueia até chegar perto do meu ouvido.

- Vai dançar pra mim de novo?  - seu hálito bate contra minha pele e arrepio.

- Haha, muito engraçado querido, MAS lamento em te dizer eu nem notei você de tão insignificante que você é pra minha vida, e outra coisa bê, eu nunca na vida dançaria pra você - Connor segura uma risada.

Continuamos nos encarando sem desviar. Dessa vez eu não vou perder.

Seus olhos contém puro desafio e luxúria.

O Meu Vizinho Onde histórias criam vida. Descubra agora