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Meus batimentos estão elevados e pulsam a cada batida da música, sinto gotas de suor escorrerem pelo meu corpo, meus músculos estão dormentes ao quase ponto de exaustão.

Finalizo minha coreografia com a última batida da música e me jogo no chão, meus lábios arqueiam em um enorme sorriso enquanto espasmos dominam meu corpo.

Sou interrompida de meu momento quando Connor e Henrique adentram a porta do meu quarto com uma rapidez surpreendente. Suspiro.

- Não sabem bater não? - pergunto, me sentando no tapete macio que me recebe como um cobertor.

- Você por um acaso tem essa liberdade mocinha ? - o moreno pronúncia em tom de desaprovação - Escutamos de lá debaixo as músicas de período de acasalamento e viemos correndo, nós e a sua avó, que agora é nossa também não aprovariamos se tivesse um garoto mal intencionado aqui - balança o indicador de um lado pra outro.

- Só pode ser brincadeira - levanto e vou em direção ao banheiro pegando uma toalha de rosto para enxugar o meu suor - E se eu tivesse sem roupa?

- Esses trapos que você está vestindo são considerados roupa ? - Henrique rebate mais uma vez.

- Nem vou discutir - digo olhando para o meu top preto e meu short curto de lycra.

Fecho a porta do banheiro e a tranco os deixando a sós em meu quarto.

Após um longo e relaxante banho gelado meu corpo parece me louvar, a exaustão já foi deixada pela água que o banhou.

Envolvo uma toalha macia ao meu redor e giro a maçaneta abrindo a porta.

O calor do cômodo me faz corar.

Paro abruptamente quando encontro os dois deitados na minha cama olhando pra mim com rostos sonolentos.

- Vocês não foram embora ainda ?

- Nossa, sua cama é confortável em - o moreno diz com uma voz rouca.

- Vaza daí - caminho a passos pesados e os empurro do meu conforto.

Quando os dois garotos corpulentos estão prestes a cair de minha cama, sinto uma mão puxar a toalha envolta em meu corpo.

Escuto o barulho seco e os gemidos de dor quando eles se chocam contra o chão duro.

Meu corpo arrepia quando sinto que a toalha não o envolve mais.

Olho para baixo e vejo Henrique com ela nas mãos caído em cima de Connor que distribui socos para que ele levante.

Não consigo segurar e gargalho.

Meu sorriso chega ao fim quando vejo que eles param de se debater e ficam estagnados me encarando.

Um rubor sobre em meu rosto e me jogo na cama cobrindo-me totalmente com o cobertor.

O calor excessivo do enorme e pesado cobertor me faz suar, aos poucos os cabelos soltos grudam em minha testa e minha respiração se torna irregular.

Se eu morrer sufocada não precisaria encará-los.

Não consigo resistir e coloco a cabeça pra fora respirando uma lufada de ar com uma necessidade avassaladora.

- Não precisa se envergonhar minha rainha, não tem nada que eu já não tenha visto - Connor arqueia seus lábios em um sorriso sacana enquanto Henrique o encara horrorizado.

Com uma raiva crescente dentro e mim, puxo o lençol branco debaixo de mim e o enrolo em meu corpo.

Jogo com força meu cobertor e pulo em direção a Connor que cai junto comigo, envolvendo seus braços em meus quadris.

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