Coloco os pratos na mesa. Arumando-os nos lugares, e ai percebo que são quatro lugares. E somos três. Sim, eu sei contar. E então uma pessoa me vem a mente: Hum, Carl.
Sorrio e corro ate a porta da frente. Desco os degraus de madeira da varanda, quase quebrando o pescoço na pressa, e corro em direção a casa vizinha. Subo ate a varanda e começo a fazer músiquinha com a campainha.
Logo o loiro atende, os cabelos bagunçados, vestindo uma calça de moletom e sem camisa, expondo seu belo corpo.
Ficou meio, hum, quante aqui agora.
-Lili?- ele me olha surpreso, provavelmente pelo fato de eu estar descabelada e arfante
-Oi Carl, vim saber se quer ir jantar lá em casa
-Jantar? Na sua casa?- ele me olha confuso e lhe dou meu melhor sorriso sem segundas intenções. Se é que eu tenho esse bagulho ai.
-Sim, Hã, Julie convidou- falo sabendo que Julie me mataria depois, mas vejo que vale a pena quando o rosto de Carl se ilumina
-Sério?
-Por que eu mentiria?- pergunto dando de ombros e ele parece se convencer
-Tudo bem, eu só, vou me arrumar, tomar um banho- ele parece agitado, mas feliz
Sorrio pra ele
-Daqui a vinte minutos?- pergunto e ele concorda antes de fechar a porta.
Corro de volta pra casa como uma ema no pasto. Isso ai, muito troncha!
Entro e vou em direção a sala de jantar, onde encontro o Padre Harry de costas pra mim, arrumando os talheres na mesa. Um sorriso malicioso se abre em meu rosto. Me aproximo dele, vagarosa e silenciosamente, e o abraço pelas costas. Ele se sobressalta. E sorrio
-Assutado padre?- sussurro em seu ouvido e fico satisfeita em vê-lo se arrepiar. Chupo o lobulo de sua orelha e ele arfa
-Lilith, pare, Julie esta na cozinha- ele pede se fastando de mim
-Então, quer dizer que, se a Julie não estivesse aqui poderiamos continuar?- pergunto deslizando meus dedos por seu peito
-Não!- ele diz com voz firme e segura minhas mãos, afastando-me de seu corpo. Faço beicinho pra ele
-Você não sabe brincar!
-Não sei mesmo- ele solta meus pulsos e passa por mim em direção a cozinha
Faço careta. Ele estava sendo mais dificil do que eu esperava.
A campainha toca
-Lilith, atende!- Julie grita entrando na sala de jantar com uma travessa de lasanha em mãos e Harry logo atras dela
-Ja vou, mamãe- debocho e vou ate a porta. Abro-a e sorrio ao ver Carl vestindo uma camisa polo verde e uma calça jeans apertada nos lugares certos, se é que me entende.
-Oi Carl, entra!- falo sorridente e pego-o pelo braço, e que braço, conduzo-o ate a sala de jantar- Olha que esta aqui Ju- chamo a atenção dela que se vira e arregala os olhos ao ver Carl que sorri pra ela.
-Carl?
-Oi Julie, obrigado pelo convite pra jantar
-Convite?- ela franze a testa e faço sinais sutis pra ela por tras de Carl- Ah claro, por nada- ela sorri pra ele, mas me lança um olhar de "conversamos depois"
Dou um sorrisinho e me apresso em sentar ao lado de Harry, que me olha desconfiado, mas não faz nada pra mudar de lugar. Ótimo, assim ele não acaba com meus planos.
Nos servimos e omeçamos a comer, conversando e rindo. Quase como amigos normais, quase, pois amigos normais não desejam levar o ouro pra cama. E é exatamente isso que quero e vou fazer com o Padre Harry
Discretamente, desco minha mão esquerda para baixo da mesa, tateando cuidadosamente ate achar o lugar que eu queria, a perna do Padre Harry. Aperto sua coxa e ele arfa
-Algum problema padre?- pergunta, ingenuamente, minha amiga
-Não Julie, foi apenas um pedaço quente de lasanha- ele responde eu prendo o riso. Começo a acariciar sua coxa, agradecendo por ele estar de calça e não de batina
-Quer uma água?
-Não, obrigada- Harry a tranquiliza e Julie volta a conversar animadamente com Carl. Preciso dizer, eles fazem um belo casal.
Volto minha atenção para minha mão, Harry tenta tira-la, mas não deixo. Aperto sua coxa com um pouco mais de força
-Pare- ele sussurra por entre dentes
-me faça parar- sussurro de volta e dou-lhe um sorriso provocante
Minha sorte é que Harry é ingenuo e cavalheiro demais pra tirar minha mão brutalmente como outro homem faria.
Não Lilith, qualquer outro homem já teria te levado pra cama!
Tudo bem, gosto de desafios.
Minha mão sobe pela coxa dele e vai em direção a virilha, apalpo e posso sentir a ereção dele se formando.
Harry fica imovel, com receio de que alguem perceba o que estou fazendo
Movimento minha mão as cegas e consigo, com dificuldade, abrir sua calça
-Não, pare!- ele sussurra com urgencia, mas finjo que não escuto. Minha mão encontra o tecido da cueca e sorrio. Passo a mão pelo elastico e vejo Harry ficar cada vez mais tenso e mais excitado.
Infiltro minha mão na cueca e sintos pelos macios do final de seu caminho da felicidade. Meu caminho da felicidade. Vou descendo a mão ate esbarrar em seu membro; quente, macio e ereto.
-Como você se anima rápido, padre- sussurro pra que só ele ouça
-Lilith, por favor, pare, vão descobrir- ele fala com urgencia
Sorrio maliciosa
-Só vão descobrir se você gemer alto- caçoo e ele fica confuso
-Gemer alto? Por que eu gemeria?- ele pergunta com a respiração um pouco acelerada.
Sorrio e aperto seu membro em minha mão. O Padre Harry arqueja e seus olhos se arregala, mas dessa vez Julie esta muito distraida para perceber.
Mordo o lábio e passo a mão por toda sua extensão, e preciso dizer: é grande.
-Pare!
-Não!
Nossos sussurros mal são audiveis no meio das risadas de Julie e Carl
Minha mão fez um movimento de vai e vem e Harry arfou. Segurou minha mão e afastou a com firmeza.
Ops, parece que fui longe demais.
Harry levanta, ja com a calça fechada
-O que houve Padre?- pergunta Julie curiosa- queimou a língua de novo?
-Sim, vou buscar água- ele diz e sai rapidamente em direção a cozinha
-Vou ajuda-lo- falo e me levanto, saindo correndo atras dele.
Entro na cozinha e vejo-o de costas pra mim, com as mãos apoiadas na bancada, o corpo tremulo. Ando ate ele e corro minhas unhas por suas costas. Ele se arrepia.
-Por que não me deixa em paz?- ele pergunta irritado
-Por que não discansso ate conseguir o que quero- retruco com simplicidade
Ele se vira pra mim, seus olhos verdes parecem me queimar. Harry me segura e me empurra contra a parede, segura meu maxilar e sussurra
-Ouça bem, Não te amo, quero-te. De um querer bruto e fero, que o sangue me devora, mas não chega ao coração. E infame sou, por que te quero. Que de mim tenho espanto; de ti medo e terror...- ele pausou e me olhou profundamente nos olhos-Mas amar! Não te amo, não.
Hum, Garrett, o Padre é culto. Mas eu tambem sou.
-E quem disse que preciso de seu amor? Amor dum homem? Terra tão pisada, gota de chuva ao vento baloiçada...-Pauso e encaro-o com todo o orgulho que posso reunir- Um homem? Quando sonho o amor de um Deus!
Harry me olha, quase com pena
-Espanca não é a melhor poetisa quando se trata de amor
-Isso é uma questão de opinião
Ele me olha incredulo
-Não acredita no amor?
-Não no amor dos homens
-É uma pena Lilith, Deus poderia te ensinar a acreditar- ele fala tristemente
Sorrio e me afasto dele
-Você sabe o que eu quero Padre, e não é descobrir o amor- falo e ele cora- saiba que não vou desistir
Me aproximo dele e beijo-lhe o canto da boca
-Boa noite- sussurro e saio da cozinha, em direção ao meu quarto.

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Salmo 129
FanfictionSinopse: Aproximei-me dele, colando nossos corpos, peguei sua mão direita e pressionei contra a minha coxa. Seus olhos verdes pareciam assustados, mas eu podia ver um pouco de desejo neles. Sorri e sussurrei: - Salmo 129, padre, salmo 129. OBS: es...