Capítulo 93

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Quando Emma acordou, ela estava amarrada a uma cadeira, no que parecia ser um quartinho, o lugar cheirava a mofo, estava cheio de poeira. Ela então lembrou-se de estar no banheiro do parque, lavando a mão quando uma mulher loira apareceu atrás dela e colocou um pano em sua boca, depois disso não viu mais nada, tudo ficou preto.

O que estava acontecendo? Ela estava sequestrada? Quem estava fazendo isso com ela?

Ela saiu dos pensamentos quando a porta se abriu, a loira entrou com uma garrafa de água na mão.

Olá queridinha...acho que pela sua cara não está me reconhecendo - diz cínica

Quem é você? O que você quer? - ela se debate na cadeira

Ei para de se mexer ou vai se machucar - diz - sua mamae e sua madrasta não vão querer te ver machucada

Eu não tenho madrasta, a Carina é minha mãe de verdade - diz seria - o que você quer

Ual por essa eu não esperava - ri debochada - quer dizer que aquela sem sal é mãe de vocês duas, só podia ser. O que eu quero? Me vingar da sua mamãezinha e de sua monzinha - ela diz com raiva - e você será minha ajuda

EU NAO VOU TE AJUDAR EM NADA...SOCORROOOO - começa a gritar

Meu bem pode gritar, ninguém vai te escutar - ri - estamos longe de tudo. Não se preocupem você já está ajudando. Você é minha isca para atrair aquela insuportável da Carina ...agora beba essa aguinha - se aproxima e leva a garrafa até a boca da menina

Eu não quero essa água - cospe

Você vai beber - a mulher segura a boca dela e a faz beber

Em alguns segundos Emma estava adormecida de novo, pois Charlotte havia colocado sonífero na bebida.





{...}






12 horas…





Essas eram as horas que Carina e Maya estavam sem notícias de sua filha, seus corações estavam despedaçados.

Carina estava inconsolável, seu rosto estava inchado de tanto chorar, Melissa não sai do lado da mãe, mas assim como ela não parava de chorar. Maya tentava ser forte, foi na delegacia, fez buscas de carro com a ajuda de Lauren e Callie. Amelia estava na mansão para dar forças a cunhada e amiga, além de Arizona.

Eu não posso acreditar que aquela vagabunda sequestrou minha afilhada - Amelia diz com raiva

Eu quero matar aquela mulher com as minhas próprias mãos - diz Carina com muita raiva

Calma meninas, a polícia vai encontrar aquela mulher - Kah tenta acalma-las

Mamãe me desculpa por não ter ficado todo tempo ao lado de Emma - diz Melissa chorosa

A culpa não é sua princesa - Carina acaricia o rosto da filha - a culpa é daquela mulher. Vai ficar tudo bem - beija a testa dela - Kah será que você pode ir para o quarto com ela?

Claro...vamos minha neta?

Mamãe mas eu quero ficar com você - faz bico

Meu amor você precisa descansar sim? E eu vou conversar com sua tia Amelia.

Está bem - diz a contragosto e sai com a avó

Eu estou muito intrigada porque ela não ligou nem nada - diz Carina

Ela deve estar preparando algo - diz Amelia

Estou com muito medo Amelia e se ela fizer algo para minha filha

Calma, ela não é nem louca de tocar em um fio de cabelo da Emmazinha, nos matamos ela - diz e puxa a amiga para um abraço.

Quando Maya chegou em casa, já era seis da manhã, estava exausta mas aquilo não importava, tudo que ela queria era encontrar sua filha. Ao entrar no quarto, encontrou Carina, encolhida na cama chorando.

Meu amor - ela vai até ela

Maya cadê a nossa filha? - ela se joga nos braços dela chorando

Calma pequena, nós vamos encontrá-la

E se aquela mulher fizer algo contra ela - diz olhando para ela com os olhos vermelhos - eu juro que eu não vou me perdoar se algo acontecer com ela

Nada vai acontecer eu prometo - ela beija sua testa - a polícia já foi na casa dos pais dela e não a encontrou, ele estão ajudando a polícia a procurar onde ela pode estar com a nossa filha em troca de nada de mal acontecer com Charlotte.

Eu só quero minha filha de volta - diz sem parar de chorar

Ela vai voltar pra nós, Deus nunca nos abandona - ela diz e suspira

Maya fez Carina orar com ela e pedir a Deus pela vida de sua filha, em seguida as duas deitaram juntas e acabaram pegando no sono. Duas horas depois ela acorda, toma um banho e decidi voltar para a delegacia, deixando um bilhete para Carina.

Era quase onze horas quando Carina acordou, ela achou que tudo não passava de um pesadelo e ao ir no quarto de Emma e não encontrá-la ela soube que tudo era real, sua menina havia mesmo sido sequestrada.

Oh minha menina, espero que aonde quer que esteja você esteja bem - a morena diz deitada na cama da filha e abraçada com uma foto dela

Bem longe dali, em um chalé abandonado, no meio do mato, Emma chorava, amarrada a cadeira.

Mamãe, Mae, por favor me salvem - dizia com as lágrimas escorrendo - eu quero voltar pra casa

Na mansão parecia que Carina podia ouvir o choro e as palavras de sua filha, seu coração doía só de imaginar o medo e o desespero da filha e se surpreendeu quando seu celular tocou e era um número privado.

Alô - ela diz

Olá Carinazinha...lembra de mim? - Charlotte diz debochada - achou mesmo que ia ser feliz?

Maldita, onde está minha filha, me diz agora?

Até parece que vou dizer assim fácil - diz rindo - essa é a minha vingança, quero você e Maya sofrendo

Para, para Maya, minha filha não tem culpa do seu ódio

Oh que linda ela sendo mãe protetora. Quem vê pensa que não abandonou as filhas anos atrás - ri cínica - me poupe né. Mas não liguei para ouvir sua voz enjoada, liguei para fazer um acordo

Fala, o que você quer? Dinheiro?

Para de ser tola, eu tenho dinheiro, não preciso disso, quero me vingar de você, então meu acordo para soltar sua filhinha enjoada, é que você venha me encontrar, a troca é ela por você, mas ninguém pode saber, nem Maya e nem a polícia ou sua garotinha vai dessa para uma melhor, você não quer que ela morra por sua culpa né?

Não pelo amor de Deus - diz desesperada - faço o que você quiser, mas não machuca ela

Está bem, daqui a duas horas vou ligar para te passar o local e o horário, se você não me obedecer já sabe. Tchau Tchau Emma  - da várias gargalhadas maquiavélica e desliga

Deixa eu falar com Emma...Alô, alô - Carina diz mas é em vão

A morena volta a chorar deitada na cama da Emma, ela iria obedecer, faria o que fosse para salvar a filha, seria capaz de dar sua própria vida, com tanto que ela esteja segura.

A Madrasta - MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora