𝘁𝗲𝗻 . . . encontro à cegas

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A DOR DE CABEÇA ERA ALGO que sempre me consumia quando eu dormia depois das dez e meia da noite

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A DOR DE CABEÇA ERA ALGO que sempre me consumia quando eu dormia depois das dez e meia da noite. E hoje, depois de chegar na casa de minha avó perto das uma hora da madrugada, não seria algo diferente. Parecia que estavam pregando algo em minha cabeça de tanto que latejava, provavelmente, eu teria olheiras também.

Parecia como um prego grande querendo entrar em um lugar pequeno, era insistente e parecia nunca acabar. Doía até para piscar e também se eu pensasse demais, também doía.

Mas eu precisava me recompor, tanto para me justificar com minha vó, tanto quanto para ir para a escola. E ontem eu já cheguei atrasada, não posso me atrasar mais uma vez.

Em passos arrastados, eu andei até a porta do quarto, já sentindo o cheiro gostoso de baunilha que vinha da cozinha.

Não estava acostumada com um clima bom dentro de casa logo de manhã cedo.

Olha, eu tenho que agradecer muito a minha avó por me recepcionar às quase uma da manhã. Eu a acordei e tirei do seu conforto em plena madrugada, foi até fofo de se ver ela com os olhinhos tão pequenos que eu não podia nem ao menos ver suas pupilas escuras.

Quando toquei na maçaneta gélida pude sentir mais uma pancada na cabeça, céus estava terrível aquela dor. Eu não sou acostumada a ter que sentir isso, sempre faço questão de não ultrapassar os limites dos meus horários de sono. Exceto se for algo urgente, é claro.

Não que sair com Han Seo-jun tenha sido algo urgente... Apenas perdemos o horário com bobagens que inventamos no meio do caminho.

Mas para minha surpresa, tais bobagens tinham me tirado tantas risadas que mal posso contar. Seo-jun não parecia ser quem eu imaginava, seu jeito era mais simples, tanto que preferiu comer lámen ao invés do melhor churrasco da cidade.

Ou talvez, ele só fosse burro mesmo.

Com o restante de coragem e força de vontade que sobrava em meu corpo, eu abri a porta, tendo agora toda a claridade da casa de minha avó nos meus arredores. Olhando para a cozinha, pude ver suas costas vestidas em um vestido azul escuro, com um cinto da mesma cor e nos pés, uma sandália bege. Ouvi seu assobio cantando uma melodia qualquer, enquanto isso, Jhonny estava deitado nos pés da senhora enquanto mordia um brinquedo qualquer que a vovó tinha comprado.

𝐏𝐑𝐄𝐏𝐏𝐘 𝐆𝐈𝐑𝐋 - 𝗵𝗮𝗻 𝘀𝗲𝗼𝗷𝘂𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora