Capítulo 6: Silêncio na torre de rádio

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O baile havia sido um sucesso, com o salão ainda ecoando os ecos da celebração da noite anterior. Charlie e Vaggie, apesar do cansaço, estavam radiantes e satisfeitas com o resultado. 

Para Charlie, ver o hotel movimentado e os residentes se divertindo era uma recompensa inestimável, um sinal de que sua visão estava se tornando realidade. Para Vaggie, a felicidade de Charlie era o suficiente para preencher seu coração com alegria e contentamento. 


Aos poucos, Nifty, Angel e Husk, despertaram e se juntaram para ajudar a arrumar o salão. Com um semblante sonolento, eles trocavam cumprimentos e piadas enquanto começavam a limpar e organizar o espaço bagunçado. Enquanto isso, os residentes do hotel ainda dormiam, alheios à atividade frenética que acontecia ao seu redor. Era como se o mundo estivesse em pausa dentro das paredes do hotel, um breve momento de calma antes que a agitação do dia recomeçasse.


Enquanto trabalhavam para arrumar o salão, Angel e Husk trocavam olhares divertidos e sarcásticos, como era comum entre eles. Angel, com seu charme exagerado, não perdia a oportunidade de provocar Husk, fazendo comentários sugestivos e lançando-lhe sorrisos travessos.

"Hey, Husk, se precisar de alguma ajuda com esse trabalho pesado, estou à disposição", disse Angel com um sorriso malicioso, fazendo uma pausa dramática antes de acrescentar: "Mas talvez você precise de algo um pouco mais... leve."

Husk revirou os olhos, acostumado com as investidas de Angel. "Ah, claro, como se eu precisasse da sua 'ajuda'. Agradeço, mas acho que consigo dar conta sozinho."

Enquanto isso, Nifty estava ocupada eliminando os últimos vestígios da festa, varrendo e limpando cada canto do salão. Com uma expressão determinada, ela esmagava insetos irritantes que ousavam cruzar seu caminho, zelando pela impecabilidade do ambiente.

"Esses bichinhos malditos não têm vergonha, não é mesmo?", murmurava Nifty para si mesma enquanto empunhava sua vassoura como uma arma. "Bem, se quiserem guerra, é guerra que terão!"

O trio continuou trabalhando, cada um contribuindo à sua maneira para restaurar a ordem no hotel após a agitação da noite anterior.


Charlie se aproximou de Vaggie, uma expressão levemente preocupada estampada em seu rosto. "Vaggie, você viu o Alastor por aí? Não o vejo desde o baile, e agora estou começando a me perguntar onde ele está. Não me lembro de tê-lo visto se despedir."

Vaggie ergueu as sobrancelhas em resposta. "Não, Charlie, também não o vi. Mas sabemos como ele é... Às vezes, ele gosta de desaparecer sem deixar pistas. Aposto que ele está por aí, fazendo sabe-se lá o quê."

Charlie respirou fundo, tentando acalmar os próprios nervos. "Você provavelmente está certa. Ele deve ter dado uma escapada para resolver algo por conta própria. Afinal, ele é o Alastor, não é? Sempre um mistério."

Charlie olhou para a carta em suas mãos, surpresa com a forma como ela apareceu do nada. Ela desdobrou o papel e leu as palavras de Alastor com uma mistura de curiosidade e preocupação crescente. "Cara, Charlie...", começava a carta, "tive que sair apressadamente por conta de alguns assuntos urgentes. Não espere me ver pelos próximos dias."

As palavras eram breves e deixavam mais perguntas do que respostas. O que Alastor estaria fazendo? O que seriam esses "assuntos urgentes" que o obrigaram a partir tão repentinamente? Charlie ponderou sobre as possíveis respostas, mas nenhuma delas parecia satisfatória.

Vaggie observou por cima do ombro de Charlie, sua expressão séria enquanto lia as palavras na carta. "Isso não parece bom, Charlie. O que você acha que ele está planejando?"

Laços Sombrios: Alastor e Lucifer - Do Ódio ao Amor (Appleradio)Onde histórias criam vida. Descubra agora