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— Toca a campainha

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— Toca a campainha.

— Eu não, toca você.

— Mas eu não tenho coragem de fazer isso, channie.

— Já te disse para deixar de ter tanto medo de tudo, não vai acontecer nada demais, eu estou aqui com você.

— E se um deles atender?

— Quem seria o louco que deixa uma criança atender a porta sozinha?

— Eu não sei...

— Além do mais, olha o tamanho dessa casa, aquele trombadinha com certeza deve ter um mordomo pra atender a porta ou alguma coisa assim.

— Tá, eu toco a campainha. Mas depois que eu tocar eu posso me esconder atrás de você?

— Pode, amor.

Já faz um tempo que eu não venho fazer um resumo do que está acontecendo em nossas vidas agora, no entanto eu nem sei por onde começar, são tantas pequenas coisas. Eu não sei o que é inútil ou não dizer, porque para mim falar que Hyunjin engordou trezentos e cinquenta e sete gramas desde a última pesagem é super útil se formos ver o estado em que ele estava, mas, como dito antes, são tantas coisas tão pequenas que eu não sei por onde começar. Mas estamos bem, obrigada. E eu amo Hyunjin cada vez mais.

A única coisa meio ruim é que Hyunjin havia voltado a ter medo de morrer, no entanto aquilo tinha sido meio bom também já que ele não queria mais ficar o tempo inteiro trancado no quarto, por medo de partir e não viver bons momentos com as pessoas que amava. Meu marido nunca me disse isso realmente, mas eu sabia que a decisão repentina de ver as crianças mesmo estando odiando a sua própria imagem careca era um reflexo daquele sentimento.

Então, aqui estamos na frente da casa — nem um pouquinho humilde — do Changbin, tocando a campainha pela segunda vez. Felix nos atendeu logo, pois foi avisado da nossa chegada já na entrada daquele condomínio exageradamente luxuoso.

— Ai, meu deus. — disse ele assim que abriu a porta, porque ainda não tinha visto nossos novos visuais. — vocês... Hyunjin, você está lindo! — Adiantou-se para abraçar o cunhado, passando por mim como o diabo desvia de água benta.

— Ah, Felix, muito obrigado pelo elogio, eu também acho que estou bem bonito — eu falei um pouco alto, mas ele me ignorou.

— Venha, entre, as crianças vão adorar te ver.

Meu irmão levou — arrastou — Hyunjin para dentro de casa, me obrigando a segui-los como um cachorrinho até uma segunda sala (quem em sã consciência tem duas salas? Esse Changbin, sinceramente...), onde as crianças estavam brincando com várias folhas de papel espalhadas no chão. Seus olhinhos brilharam ao nos ver novamente.

— Mamãe! — gritaram ambos, correndo para abraçá-lo.

Ok, talvez os olhos tenham brilhado em direção a Hyunjin, mas eu posso lidar com isso, porque fazia um tempo que não via um sorriso tão grande vindo dele. Seus braços se esticavam ao máximo para conseguir abraçar apertado os dois ao mesmo tempo, deixando beijinhos por todo lugar de seus rostos e se deliciando ao ouvir as risadinhas de cócegas dos pequenos. Depois de tantos dias de tristeza, agora ele estava rindo como um bebê.

blueprint ; hyunchanOnde histórias criam vida. Descubra agora