Regra 7: Planeje Sua Vingança, Mas Com Cautela (Ou Não)

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Guia de Suporte ao Leitor: Vai planejar uma vingança? Faça essa droga direito (ou se foda depois).

Lilith Campbell

— LILITH?! — Estralou os dedos na frente dos meus olhos, me assustando.

— Pra que isso? — reclamei, irritada.

— A gente está te chamando há meia hora. — Ayslla exagerou, com um tom de frustração.

— Realmente... — Ivy desviou o olhar.

Ivy não conseguia manter o olhar por muito tempo agora, devido aos acontecimentos recentes na minha casa. Passei a mão suavemente pelo cabelo, ajeitei-o, bufei e encarei a morena.

— Que foi? — arqueou a sobrancelha. — No que você estava pensando, hein? — Ayslla apoiou os cotovelos na mesa e colocou as mãos nas bochechas, sorrindo delicadamente para mim.

Rav- — virei o olhar. — Nada. — Fracassei feio em tentar disfarçar.

— O que ele fez dessa vez? — Ayslla perguntou, sua curiosidade visível.

Enquanto a loira fingia fazer algumas anotações em seu caderninho, eu sabia que ela estava atenta à conversa. Suspirei profundamente.

— Nada... — apoiei minhas costas na cadeira, de um jeito largado — Só ele sendo ele mesmo. — revirei os olhos — Como sempre.

Cruzei meus braços, vendo Ayslla rir debochada. Dei de ombros, sabendo o que ela estava pensando.

"Isso é tesão reprimido" — Ayslla já comentou uma vez.

— Se não foi nada, por que parece que te aborreceu tanto?

— Só estou cismada com uma coisa. — brinquei com meus polegares.

— E como pretende resolver isso? — a morena perguntou, tão rápido que quase me interrompeu.

— Preciso de alguma informação ou plano... — dei um bufo longo — Não quero me envolver mais com ele. — afastei o olhar — E...

— E? — Ayslla cutucou.

— Perdi a coragem...

Ayslla me encarou por alguns segundos antes de cair na gargalhada. Peguei o estojo e joguei nela, fazendo com que ríssemos mais.

— Parem, meninas... — murmurou, caindo na gargalhada também.

Continuamos rindo por mais uns minutos antes de finalmente cansarmos.

— Você me mata de rir, Lica! — Ayslla exclamou, seu apelido de infância para mim, que eu sempre amei. — Não tem coragem do quê? — Ela apoiou a cabeça no ombro da loira. — Desde quando você tem medo do Ravy? Se toca. — Suspirou uma risada.

Mudei o foco do meu olhar para o chão, pensativa sobre aquilo.

— Talvez desde que ele vestiu uma máscara sinistra e invadiu minha casa, fazendo uma brincadeira de mal gosto de esconde-esconde.

Manual do Pecado VizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora