Somos Apenas Animais: Livro 1 - (Legouis) - | TRADUÇÃO |

Não há nuvens no céu, mas está chovendo

Capítulo 15 - Não há nuvens no céu, mas está chovendo

Legosi saiu do bairro quase abandonado. Seu coração disparou, quase saindo do peito. As emoções inundaram sua mente. Amor, ansiedade, tristeza... Estava tudo lá. Ele não queria perder Louis assim. Antes mesmo de contar a ele seus sentimentos. Fique comigo... Por favor, fique comigo, Louis-senpai... Estamos quase lá...

O lobo teve uma ideia, tirando a camisa mesmo com o corpo arranhado. Nada importava mais agora do que Louis. Ele enrolou a camisa em volta da cabeça para ajudar no sangramento do olho, fazendo um curativo improvisado. Ele se sentiu mal porque estava suado e sangrando, mas era melhor que nada.

Havia apenas um lugar onde ele pensou em levá-lo. Para o festival de meteoros. A escola e os professores saberiam o que fazer. Ele rapidamente voltou ao evento, quase explodindo em lágrimas com a situação em questão. Suas pernas o estavam matando. Ele precisava continuar, por mais difícil que fosse. Para Luís. Ele nunca havia trabalhado tanto por nada.

Legosi apareceu correndo, carregando Louis quebrado e espancado. O próprio Legosi também parecia uma bagunça. O Festival do Meteoro parou completamente quando todos perceberam a cena diante deles. Os telefones foram rapidamente trazidos e filmando tudo. O lobo os ignorou.

Muitos presumiram o pior. Legosi atacou Louis violentamente e depois se arrependeu de suas ações, trazendo-o de volta para ser salvo. O boato se espalhou rapidamente. Juno não acreditava nisso. Jack não acreditava nisso. Mesmo Haru, observando com os olhos marejados de sua pequena barraca de flores, não acreditou nisso. Se ele quisesse Louis morto, ele teria feito isso.

Os professores abordaram Legosi, instando-o a colocar Louis no chão imediatamente. Ele finalmente caiu de joelhos, agarrando-se ao cervo. “Por favor, ajude-o.” Lágrimas encheram seus olhos. “Ele precisa de uma ambulância... Por favor... Ajude meu senpai...” Telefones foram trazidos, muitos pedindo uma ambulância.

Louis mal estava por um fio. Muitos pensaram que ele estava acabado. Alguns se recusaram a acreditar. Era Louis, o cervo vermelho! Ele superaria isso. Ele teve que.

Tudo era um borrão. Toneladas de animais estavam ao redor deles, e alguns ainda tentavam fazer com que Legosi os soltasse, mas ele não conseguia. Ele aninhou a cabeça de Louis contra o peito. Ele se sentia tão... frágil. Tão pequeno... Tão indefeso... Ele fez questão de evitar seus chifres.

Assim que a ambulância chegou, ele teve que ser retirado de cima de Louis para que pudesse ser entregue à maca. Legosi tentou subir atrás dele para dentro da ambulância, mas sua entrada foi negada e as portas se fecharam na sua cara. Ele observou o veículo desaparecer quando caiu de joelhos. 

Agora ele havia vencido. Louis estava seguro. A luta e a luta de Legosi não foram à toa.

Ele sorriu, sabendo que estava seguro, mas logo caiu no chão, tudo ficando preto.

Felizmente, os ferimentos de Legosi não foram tão graves. Ele nem precisou de pontos. O médico fez um curativo nele rapidamente, mas lhe disseram que ele teria que passar a noite, só para garantir.

Legosi não teve energia para recusar ou mesmo se mover, então obedeceu. Seus pensamentos estiveram completamente preenchidos com Louis durante toda a noite antes de ele adormecer. Ele se perguntou quão graves eram seus ferimentos, se ele precisava de muitos pontos, se ainda estava... vivo...