Química, Física, Arte. 🔞

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Sabe quando sua consciência te faz dar um passo pra trás e observar a besteira que você está prestes a fazer?

Kelvin não sabe.

Desligou essa parte de si há algum tempo... Mais especificamente nos últimos dez minutos.

Certo, ele podia ser um grande hipócrita e dizer que não tem costume de fazer isso, mas não seria verdade e ele não é do tipo que mente para seus próprios pensamentos.

Mas uma coisa ele pode garantir, não foi planejado.

Era pra ser uma sexta feira de curtição porque ele tem certeza que merece.

Aquela foi sua primeira semana como professor do jardim de infância, e há apenas algumas horas atrás ele tinha massinha de modelar no cabelo e tinta guache na camisa nova.

Quando saiu da escola, Berenice já tinha ligado pra ele seis vezes para falar desse lugar novo que encontrou onde a inauguração seria open bar, era um pouco longe da casa que ele dividia com a amiga, mas depois de tudo que ele viveu naquele dia, precisava beber até chutar o balde.

Entretanto, seu balde não estava exatamente sendo chutado naquela noite, e uma parte bem pequena dele questionava como ele podia ser "Tio Kel" durante a manhã para um bando de criancinhas, e de noite ele ser uma vagabunda num banheiro aleatório de um bar que ele nunca havia estado.

Mas pensar demais faz mal, e Kelvin é adepto do mantra "O que os olhos não veem o coração não sente"

E por isso que se encontrava de olhos fechados tendo seus mamilos sugados e mordidos de maneira enlouquecedora por um completo desconhecido na cabine do banheiro de um bar.

Ele não fazia idéia de quem era esse homem, de onde ele saiu ou como eles chegaram ali, mas sabia de uma coisa, não pretendia ficar só nas preliminares.

Era um absurdo? Definitivamente.

Mas, outra vez, Kelvin apenas dizia que não era costume seu fazer isso, então seria ridiculamente hipócrita dizer que ele não estava pretendendo ser fodido por aquele estranho ali no banheiro mesmo.

Já Ramiro realmente não costumava fazer isso.

Enquanto lvin apenas dizia que não.

E está tudo bem, são dois homens adultos.

— Sei nem teu nome — Ramiro disse entre gemidos roucos ao sentir as mãos do rapaz abrindo o botão de sua calça. Não iria negar que seus pensamentos naquele momento consistiam em acabar com aquele homem que o tocava com tanto desejo, mas não era do tipo de fodas com desconhecidos no banheiro.

—Tem camisinha e um sachê de lubrificante no meu bolso de trás, é só isso que você precisa saber.— Kelvin puxou o homem pela nuca e iniciou outro beijo molhado e agitado, enquanto sentia as mãos grandes daquele homem meio bruto apertando sua cintura, descendo por seus quadris e pegando os itens em seu bolso de trás.

A cabine era pequena, o ar estava ficando quente e não podiam fazer barulho, mas nunca um ambiente pareceu tão propício pra ser fodido até ficar do avesso quanto aquele.

Kelvin realmente tinha experiência nesse quesito, mas a verdade é que ainda não tinha vivido uma química e atração tão grande quanto com aquele homem, e por mais que isso fosse algo que ele devesse prestar mais atenção, quando a voz rouca de tesão do maior soou em seu ouvido, ele desligou a mente completamente.

— Quantos copo ocê bebeu?— Que se foda, tem uma primeira vez pra tudo.

— Só um. Me fode logo, caralho. — Estava impaciente e seria até humilhante se ele tivesse tempo pra pensar em dignidade, mas como não tinha, sentiu seu corpo bambear quando depois de muito tentar, suas mãos finalmente alcançaram o membro do homem, que já havia deixado as calças apertadas e cueca na altura dos joelhos e agora olhava ele de uma maneira que nunca foi olhado antes.

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