Narrador pov
Arkyn desperta de seu sono e olha para os lados em confusão após não sentir o calor do corpo de Soluço contra o seu. Supondo que o moreno já tenha acordado, o Hermod levanta e caminha para fora da tenda, onde encontra Clava olhando para um ponto específico.
Arkyn: O que foi, garoto? - Ao observar melhor, o viking nota uma movimentação estranha em direção à floresta.
Trocando um breve olhar com seu dragão, a dupla segue quem quer que seja até uma clareira. Arkyn arregala os olhos percebendo ser a fêmea Liberiante. Olhando para o lado, percebe que Clava queria ir até ela, mas estava desconfiado. O jovem revira os olhos, seu dragão não era nem um pouco social. Chamando a atenção do Machadrago, o moreno faz um gesto para que fosse até a fêmea. A dupla troca alguns gestos e reclamações até Clava bufar e seguir ainda cauteloso até a fêmea.
Arkyn não entendia o que acontecia, mas possivelmente os répteis estavam tendo uma boa interação, visto que a fêmea parecia animada, ao contrário do macho, que ainda tinha um olhar meramente assustado. Enquanto a fêmea se distraía com algo, Clava faz um gesto para o berkiano ir até eles, contudo, o Hermod nega, não queria amedrontar a fêmea.
Após outro momento de gestos e olhares trocados, a fêmea olha curiosa para o Machadrago, que tenta disfarçar, o que arranca um riso de Arkyn. A fêmea olha desconfiada pelo som escutado e o moreno resolve ir até eles quando Clava lança mais um olhar. Indo de forma lenta e fazendo contato visual com a fêmea, o garoto consegue chegar numa distância razoável e torce internamente para que ela não se assuste.
A réptil olha de forma temerosa para o viking e o macho, ao notar a tensão, resolve mostrar que Arkyn é confiável. O dragão segue até o lado do berkiano e encosta sua cabeça nele, recebendo uma carícia do menor. A fêmea, intrigada pelo movimento não-ameaçador, resolve se aproximar ligeiramente. O Hermod acaba tenso, mas estica sua mão na direção da réptil e fecha os olhos.
Minutos depois, ele sente algo tocar sua mão e percebe ser a fêmea tocando sua mão. Arkyn abre um sorriso e acaricia a réptil, olhando para Clava em seguida e vendo o dragão contente pela boa interação entre seu irmão e a fêmea.
Horas mais tarde, o Hermod caminha até o acampamento deixando os Machadragos interagindo para trás. Ao chegar, nota que Soluço trabalhava em algo. O garoto se aproxima até conseguir observar o que ele fazia.
Arkyn: Começou o trabalho cedo.
Soluço: Bom, a Fúria da Luz não deixa eu me aproximar e nós não vamos dormir ou achar o Mundo Escondido enquanto o Banguela não resolver essa situação.
Arkyn: Já não tentou fazer uma antes?
Soluço: Sim, mas ele não tinha um objetivo.
Arkyn: Quem diria, você fazendo uma cauda para ele voar sozinho.
Soluço: Pois é, mas isso é só até ele trazer ela para cá - o Haddock deixa um selar na testa do namorado e pega a cauda artificial, indo até Banguela.
O Hermod observa tenso o menor, tinha um pressentimento que as coisas não iriam acontecer como Soluço esperava. O Fúria da noite parte do local após ter a cauda presa em si, deixando um certo viking para trás. Arkyn caminha até um cesto de peixes e o coloca em suas costas, chamando a atenção do Haddock.
Soluço: Aonde vai?
Arkyn: Levar esses peixes para Clava e a namorada dele.
Soluço: Espere, a fêmea Liberiante está aqui?
Arkyn: O Banguela não foi o único a ter um encontro - o maior sorri. - Quer ir comigo?
Os berkianos caminhavam pela floresta em silêncio, mas ambos tinham uma noção diferente quanto a falta de som. Enquanto Arkyn estava se sentindo confortável, Soluço estava tenso, as lembranças da conversa com Cabeça-Dura vindo em sua mente, além do que Bocão lhe disse. O Haddock estava pensando seriamente em pedir o outro em casamento, mas não tinha ideia de como fazer algo assim.
Diversas questões rondavam sua mente, se era uma boa hora, se devia esperar, que talvez Arkyn não quisesse casar consigo, essa última despertava um arrepio no menor. Notando o desconforto do namorado, o maior coloca o cesto no chão e cruza os braços, olhando firme, mas preocupado, para o garoto.
Arkyn: Certo, o que aconteceu?
Soluço: Como assim "o que aconteceu", não aconteceu nada.
Arkyn: Sol, eu te conheço desde que éramos bebês que mal sabiam dar dois passos sem cair, sei quando está mentindo. - Soluço solta um suspiro, não sabia como contar o que passava em sua mente para o namorado.
Soluço: Não é nada demais.
Arkyn: Se isso está te consumindo, então sim, é algo "demais".
Soluço: Só estou preocupado com toda essa situação, sabe, o Grimmel, o Banguela voando por aí sozinho.
Arkyn: Você parece um pai superprotetor. - Arkyn comenta sorrindo. - Tem que deixar ele ter novas experiências.
Soluço: O Clava também está atrás da fêmea?
Arkyn: Parece mais o contrário, mas acho que se deram bem.
Soluço: Gostaria que o Banguela trouxesse a Fúria da Luz logo - o Hermod solta um suspiro.
Arkyn: Certo, você precisa relaxar urgentemente - o maior segura Soluço pela cintura e o puxa até si.
Soluço: O que você... - É calado pelo dedo do outro em seus lábios.
Arkyn: O Banguela vai ficar bem, deveria se preocupar com outras coisas.
Soluço: Como o que? - Arkyn abre um sorriso ladino e começa a distribuir selares pelo pescoço do garoto, que sentia seu rosto enrubescer. - Arkyn...
Arkyn: Aproveite, Sol, o Banguela já é bem grandinho - dito isso, o casal inicia um ósculo lento, onde quem comandava era o Hermod.
Soluço sentia seus sentidos desfocados, completamente inerte nas sensações que somente o seu garoto conseguia lhe proporcionar, então se viu ligeiramente perdido quando Arkyn se afastou quando o beijo se deu por encerrado.
Arkyn: Sabe que eu adoraria continuar, mas não acho que a grama seja confortável e também não quero alguma presença indesejada vendo algo que não deve - o maior aperta de leve a cintura do Haddock, que solta um ofego pelo gesto possessivo.
O Hermod entrelaça seus dedos com o deu seu namorado e, após segurar o cesto esquecido no chão, guia o menor até onde Clava estava na companhia da fêmea. Um tempo de caminhada banhados em um silêncio confortável e logo conseguiam avistar os Machadragos interagindo de um forma curiosa.
Enquanto a fêmea tentava chamar a atenção do macho e até mesmo ter algum contato físico, Clava apenas tinha um olhar que implorava para que seu amigo humano chegasse logo, ele não sabia interagir, especialmente com uma fêmea.
Para seu alívio, Arkyn aparece na clareira e chama a atenção dos dragões para si quando joga o cesto com peixes no chão, que logo são devorados pelos répteis.
A fêmea, após terminar de se alimentar, nota a presença de Soluço e entra em estado de alerta.Arkyn: Calma garota, ele não vai fazer mal a você, é mais provável você se machucar com o vento do que com ele - o Haddock revira os olhos.
A fêmea, mesmo que hesitante, se aproxima do garoto perneta, que estica sua mão na direção dela. Olhando para Arkyn como uma conformação de segurança, a Machadrago encosta seu focinho na mão do moreno, que sorri adimirado.
Soluço: Achei que ela fosse mais arisca como a Fúria da Luz.
Arkyn: Para o alívio de Clava, ou não, ela é mais extrovertida - a réptil se afasta dos garotos e volta a interagir com o macho de sua espécie, que olha para o Hermod quando a fêmea encosta em si, o que causa um riso nos vikings.
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Talvez Mais
FanfikceSoluço e Arkyn buscam realizar seu grande sonho de encontrar um lar pacífico onde os dragões possam viver em segurança. Enquanto isso, Banguela descobre uma companheira um tanto selvagem, assim como Clava encontra uma fêmea para si também. Mas é qua...