"First Day on Hell" (continuação)

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Enfim, chegou minha aula preferida. Empreendimento em psicologia. Não somente a aula que é bastante interessante para mim, como a professora que sempre era caridosa e sabe explicar bem o conteúdo. E ali vem ela com seu computador MacBook e o Datashow que era doado pela própria escola. E assim, começando a explicar com devida leveza na voz. Eu sempre presto atenção e não tiro o olhar dos slides que ela passava. Após todo aquele paraíso, ela passou a atividade para casa no livro. Deixando os alunos conversarem entre si mas não extrapolando muito. Eu, como não tinha ninguém para conversar comigo. Fiquei apenas desenhando enquanto não prestava muita atenção no que o resto da turma dizia.

- Belo desenho Srta.Bittencourt.

Falava ela enquanto eu estava concentrada no contorno do desenho. Então, meio desnorteada, falei:

- O-Obrigada professora.

E assim se seguiu para o recreio. Ah, o recreio. O local onde vários adolescentes se encontram para colocar os papos em dia. Mas eu? Eu tenho medo de uma certa pessoa. E essa pessoa é nada mais nada menos que: Karina Louise, a capitã das líderes de torcida. Desde a infância, essa garota vivia me perturbando. E hoje em dia, não houve diferença alguma.

- E aí Bittencourt? Saíndo agora da sala para ter alguma vida social?!

Louise gritava alto para ouvir do pátio inteiro enquanto ela ria junto com suas coleguinhas.

Apenas ignorei por hora, mas ela odiava o fato de eu sempre ignorar ela quando a mesma me provocava. Assim que bateu a sineta para a quarta aula pela qual era de Psicopedagogia. O professor que por incrível que pareça, ele era jovem demais para aquele cargo. Algumas meninas queriam ter algum relacionamento com ele enquanto os garotos o olhavam com nojo. E assim ele encheu a lousa e eu copiei ela inteira. Após alguns minutos ele explica tudo oque estava na lousa e deu alguns complementos.

Lá se estava eu em plena aula vaga pois a professora de Psicologia em Direito estava doente. Então fui no banheiro lavar meu rosto pois estava com muito sono e estava com vontade de fazer xixi. Ao chegar lá, me deparo com a própria Louise e algumas das suas capangas.

- Srta. Bittencourt, oque fazes aqui nesse recinto?

Fala Louise em tom sarcástico, mas ela sabia que iria receber um vácuo. Mas não era isso que ela queria, então ela mandou suas capanguinhas irem para a quadra em silêncio e me prensar contra a parede.

- Se acha a Durona né Lisa?

Falava em tom sério, olhando fixamente para minha cara.

- Me solta, por favor...

Falava em tom quase choroso.

- O que? Eu não ouvi direito.

Voltando ao tom sarcástico.

- M-Me solta, por favor..!

Falava em tom choroso, sentindo minha bochecha direita se molhar com uma fita de lágrimas.

- Mas é tão fraca mesmo, não consegue nem olhar na minha cara.

Falou em tom sério antes de me deixar a mercê no chão. Indo embora logo em seguida.

Talvez apenas uma história de romance?Onde histórias criam vida. Descubra agora