48 - Volte a dormir, amor

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A sensação era distinta, ela já estava ali há um tempo mas não consegui a captar;

O sentimento de saber que poderá perder algo valioso.

— Haille?! — Eu pude escutar Davina gritar, mas parecia que o mundo havia parado

Haille estava deitada em uma pedra qualquer. Toda parte de seu corpo estava machucado.

Havia sangue por todo lado.

Davina lentamente se aproximou, a única coisa que eu podia fazer era tentar processar o que estava vendo naquele momento. Ela estava desacordada, estava tão...era como se não estivesse mais ali, mas a primeira coisa que fiz quando a vi daquela forma, foi ouvir seu coração.

Ele batia, freneticamente, era como se ele lutasse bravamente, isso era o que ele faz por tanto tempo e tanta dor que a mesma carrega em si. Eu me sinto culpado, porque a culpa é minha.

Eu me apaixonei por Haille, e nunca pensaria que podia sentir isso, e nunca imaginaria que confessaria assim, mesmo não sendo em voz alta.

E por eu a amar, estou a perdendo.

— Klaus, me ajuda. — Davina gritou por mim, me trazendo de volta a realidade. Ela estava tentando tirar Haille daquela pedra enorme que seu corpo estava. Era como se fosse fosse algum tipo de feitiço, mas acabou quando a tiramos dali.

Eu a peguei com todo o cuidado do mundo, eu senti medo de a machucar mais do que eu fiz esse meio tempo.

A segurei em meus braços, encarei seu rosto pálido e seus olhos fechados. Foi nesse momento que senti meu peito arder, por medo de nunca mais ver seus olhos que tanto amo.

Davina pegou em seu pulso e me olhou rapidamente e entendi rapidamente.

— Precisamos tirar ela daqui — Exclamei, a mesma assentiu e peguei Haille em meus braços e caminhei com Davina para fora, mas, na entrada do cemitério, estava às bruxas reunidas. Elas estavam prontas para nos atacar, mas Davina foi mais esperta.

Ao erguer suas mãos, pude contar 3, 4,6..... 6 bruxas que a mesma conseguiu mandar só erguendo suas mãos e a raiva que carregava dentro de si. Mas não havia acabado, restava as mais fortes do clã.

Eu sabia que Davina pode ser poderosa, mas não o suficiente para  derrotar bruxas mais experientes, eu estava decidido o que faria, e o que eu faço de melhor.

Matar bruxas.

Mas quando eu estava prestes a colocar Haille no chão, Elijah apareceu como uma sombra e arrancou a cabeça de todas que restavam.

A maneira como ele fez, era de se impressionar, Elijah sempre dizia algo antes de tirar a vida de alguém, ainda mais das bruxas.

Ele olhou para mim e caminhou rapidamente ao ver Haille em meus braços.

— O que houve? O que elas fizeram? — O mesmo perguntou, vindo em minha direção

— Algum tipo de magia, ainda não sabemos. Precisamos a tirar daqui o quanto antes — Davina exclamou, era nítido que ela sabia que tinha algo de errado.

Elijah alisou os cabelos de Haille e me olhou e entendi logo o seu olhar.

Entreguei Haille lentamente em seus braços e foi como se tivessem pisado no meu coração 24 vezes.

Ou até mais.

Logo chegamos na casa onde estávamos abrigados, sabemos que mais cedo ou mais tarde, aqui não será seguro, mas como eliminamos uma pequena porcentagem das bruxas, não devemos temer por um tempo determinado.

𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐘 𝐏𝐀𝐈𝐍𝐅𝐔𝐋 𝐁𝐘𝐄 | ⁺𝕾𝖙𝖊𝖋𝖆𝖓 𝕾𝖆𝖑𝖛𝖆𝖙𝖔𝖗𝖊Onde histórias criam vida. Descubra agora