𝐀 𝐕𝐄𝐑𝐘 𝐏𝐀𝐈𝐍𝐅𝐔𝐋 𝐁𝐘𝐄 | ⁺𝕾𝖙𝖊𝖋𝖆𝖓 𝕾𝖆𝖑𝖛𝖆𝖙𝖔𝖗𝖊

50 - É uma maldição

A sensação. Aquela sensação de se sentir impotente. Era isso que eu sentia naquele momento. Já era noite, e eu estava encarando o computador, em quanto inúmeras lembranças recoavam em minha mente. Eu e Klaus, nos beijando... eu sentia minha cabeça perto de explodir

Não pelo fato de o beijar, mas pelo fato de nunca ter o visto dessa forma. Talvez porque Stefan consegue me completar de alguma forma.

Mas o que me intrigou não foi só isso, mas sim de Elijah estar na minha vida, mas não como um par romântico e sim meu colega de classe que secretamente gosta de mim, mas nunca confessou

Isso porque ele criou um fake, e curtiu todas as minhas 99 fotos.

Quem posta foto nas redes sociais?

Ah sim. Eu.

Eu sai do transe, quando meu pai entrou no meu quarto. Nem se quer ouvir ele bater na porta.

— Ah, você está ai. Tem uma amiga sua na porta. — Ele me encarou, esperando uma resposta.

— Ah, sim. Tudo bem, estou indo. — Exclamei e rapidamente me troquei, eu estava com um pijama desde que acordei.

Desci as escadas, ouvindo meu pai dizer para trancar a porta ao terminar.

Eu apenas assenti com a cabeça.

Quando vi quem era. Nem eu mesma acreditei.

— Tá de sacanagem — Exclamei, vendo nada mais e nada menos do que, Esther Mikaelson

— Olá Haille. — Ela sorriu, eu percebi aquele sorriso, o sorriso de que estava gostando. Mas, do que?

— Não conheço você, só sei quem é você. Isso significa porque está aqui. — Sorri cruzando os braços — É você, você que está fazendo isso comigo.

— Ora ora. Não é tão ingênua como eu pensava — Ela sorriu apenas com os olhos

— Está morta. Como pode fazer isso? — Perguntei — Eu sei, você é uma Mikaelson e blá-blá-blá. Mas, sério? O que fiz pra você? Até alguns segundos atrás em nem te conhecia

— Haille, o mundo não é como você acha que ele é. Nem tudo pode sair da forma que desejamos, e a sua existência, é uma dor de cabeça para todas nós bruxas — Ela sorriu, me analisando dos pés a cabeça

— Nós bruxas? — Perguntei

— Sim, não foi somente eu que estou nisso tudo. — Ela exclamou e se aproximou lentamente de mim — Ninguém atura mais um poder tão obscuro como o seu. No começo, até que foi irrelevante, mas agora, é diferente. — Ela me encarou no fundo dos olhos

— O que mudou? Meu poder continua sendo uma bomba relógio desde que eu nasci — Perguntei. Seu semblante mudou, e isso me assustava ainda mais

— Haille, você tem uma maldição percorrendo suas veias. Cada célula do seu corpo tem um pouco da maldição que lhe foi lançada quando nasceu. E de um lugar que nem o próprio diabo gostaria de estar. — Ela exclamou, e pegou em meu braço — Não posso deixar alguém como você aqui, na terra, e ainda mais, com os meus filhos.

— Eu não entendo — Soltei meu braço da mão da mesma — A minha maldição já é o fato de não ter família. De não ter tido um pai presente e um pai de valor. Minha maldição é machucar todos que se aproximam de mim — Esbravejei

— Porque acha que Niklaus Mikaelson, o híbrido imortal, se importa e é completamente louco por você? Acha que é porque você é uma duplicata qualquer? Não, Haille, é porque ele fez isso por você, Lúcifer. — Ela exclamou. Meu corpo parecia que havia tomado um choque. Eu estava incrédula, não podia ser verdade. Isso, era impossível.