𝐊𝐄𝐆𝐆𝐄𝐑

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007 — Barril de cerveja

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007 — Barril de cerveja

𝙋𝙊𝙋𝙋𝙔 𝘽𝙐𝘾𝙆𝙇𝙀𝙔

A vibe de uma festa na praia é sempre única, sabe? Com a areia nos pés, o som das ondas e o céu azul limpinho, é tipo o convite perfeito pra uma festa improvisada. E aí, quando a gente coloca um barril de cerveja e alguns copinhos vermelhos na jogada, a galera aparece em peso, sem nem pensar duas vezes.

Outer Banks é como um daqueles burritos de três camadas que você encontra na lanchonete local. Na primeira camada, está nós e a nossa galera, os vagabundos da classe trabalhadora da área. Em seguida, temos os Kooks, os ricos que moram em suas mansões à beira-mar, frequentando escolas particulares e ostentando a herança do papai. Nossos inimigos naturais, sempre prontos para nos provocar. E, por fim, temos os Turals, os sem noção, que passam algumas semanas de férias com suas famílias, fazendo um verdadeiro arrastão na ilha e esquecendo que o resto de nós vive aqui durante o ano todo.

Cada um de nós está se divertindo à sua maneira nesta festa. Kiara está imersa em uma conversa profunda sobre signos com um cara qualquer, enquanto John B está um pouco mais afastado do agito, trocando algumas palavras ou flertando com uma turista curiosa. JJ está no meio de uma competição para ver quem consegue beber mais rápido, enquanto Pope, bem, ele parece estar assustando uma garota com seus conhecimentos sobre cadáveres. Já eu estou de boa, com meu copinho vermelho na mão, dançando no ritmo da música.

Enquanto danço, sinto alguém se aproximando. Levanto o olhar e me deparo com um cara alto, com cabelos castanhos quase pretos, olhos verdes penetrantes e um sorriso seguro nos lábios. Bonito, sem dúvida. Mas também, provavelmente um turista. E como a maioria dos turistas por aqui, ele provavelmente está só de passagem, buscando beijar o maior número de garotas possível durante as férias e talvez até perpetuar seus genes, como meu pai. Não é exatamente o tipo de cara que eu curto.

— E aí, gatinha? Posso te oferecer uma bebida? — diz o cara com um sorriso presunçoso, estendendo um copo em minha direção. Pela voz arrastada, ele já bebeu mais do que o suficiente.

— Ah, não, valeu. Já tenho o meu copinho aqui. — respondo educadamente, recusando sua oferta e dando um gole na minha própria bebida.

— Ah, vamos lá, linda, não seja difícil. Uma bebida não vai te matar, certo? E olha, você não vai querer perder a chance de ter a companhia de um cara como eu. — ele diz, todo convencido de si.

Eu reviro os olhos, tentando manter a calma e a compostura diante da situação irritante. Com certeza, além de turista, ele também é um Kook. Como se já não bastasse os Kooks locais...

— Alguém como você? Sério mesmo? — arqueio as sobrancelhas. — Definitivamente, eu passo.

O cara parece surpreso com minha resposta firme, e quando tento passar por ele, sinto sua mão agarrar meu pulso com força, impedindo minha saída.

𝐖𝐀𝐕𝐄 𝐎𝐅 𝐘𝐎𝐔 || 𝐉𝐉 𝐌𝐀𝐘𝐁𝐀𝐍𝐊Onde histórias criam vida. Descubra agora