Após um ano difícil, devido a morte de sua mãe, Poppy Buckley finalmente sente que está pronta para seguir em frente e começar a aproveitar sua vida intensamente. Ao lado de seus melhores amigos, a sarcástica e inteligente garota pretende ter o melh...
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004 — Furação Agatha
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Eu acordo na manhã seguinte com uma dor de cabeça infernal, como se um tambor estivesse martelando dentro do meu crânio. A luz do sol invade a sala e eu pisco algumas vezes, tentando me situar. Ao meu lado, vejo Kiara dormindo no sofá-cama, e uma onda de confusão me atinge. Como diabos eu vim parar aqui?
Decidindo levantar, tentando sair do sofá com cuidado para não acordar Kie. Sento na beirada e passo a mão pelo meu cabelo desarrumado, na tentativa de acalmar a dor latejante em minha cabeça.
Olho ao redor e vejo John B, JJ e Pope espalhados pelo chão da sala, cada um em uma posição estranha e desconfortável. Um sorriso involuntário se forma em meus lábios, a cena é engraçada.
Levanto, mas ao dar o primeiro passo, meus pés se embaraçam na perna de Pope, e eu caio de joelhos no chão.
— Ai, merda! — solto um resmungo de dor, esfregando o joelho onde bati enquanto lanço um olhar irritado para Pope, que continua dormindo como uma pedra.
Quando tento me levantar, percebo que estou ao lado de JJ, cujo cabelo loiro está espalhado em todas as direções possíveis. Com cuidado, afasto algumas mechas de cabelo do seu rosto, achando-o surpreendentemente fofo naquele momento. Esboço um sorriso enquanto o observo dormindo, ele está tão pacífico que parece até um anjinho.
Então, justo quando estou prestes a me afastar, JJ abre apenas um olho, segurando minha mão que estava próxima ao seu rosto.
— Você quer me beijar ou me matar? — ele pergunta com um sorriso de canto de boca, a voz rouca de sono.
Sinto minhas bochechas corarem instantaneamente, e minha resposta escapa mais rápido do que eu poderia controlar:
— Matar, com certeza. — solto uma risada nervosa, tentando disfarçar minha surpresa pela própria resposta.
JJ ri baixinho, e seu olhar divertido se encontra com o meu, me deixando sem jeito. Ele ergue uma sobrancelha, como se estivesse avaliando minha resposta, e então solta minha mão, fecha o olho novamente e vira de lado, voltando a dormir.
A vergonha ainda colorindo minhas bochechas, mas eu finalmente me levanto. Caminho até o banheiro com cuidado, tentando não tropeçar e nem fazer barulho para não acordar mais ninguém. Entro no banheiro, encarando meu reflexo no espelho e quase morro de susto. Meu cabelo está uma verdadeira bagunça, como se uma família de pássaros tivesse feito ninho nele durante a noite. Algumas mechas escapam para todos os lados, e eu tento em vão alisá-las com as mãos. Quanto à roupa, estou vestindo o mesmo conjunto que usei na festa. A camiseta branca está amarrotada e manchada de bebida em alguns lugares, enquanto o jeans desbotado exibe sinais óbvios de uma longa noite de festa. Estou cheirando a água salgada e cerveja.
