𝐒𝐌𝐔𝐆𝐆𝐋𝐄𝐑𝐒

195 16 17
                                    

009 — Contrabandistas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

009 — Contrabandistas

𝙋𝙊𝙋𝙋𝙔 𝘽𝙐𝘾𝙆𝙇𝙀𝙔

A luz do sol invade meu quarto através da janela entreaberta, e eu abro os olhos lentamente, ainda meio sonolenta. Encaro o teto fixamente, enquanto meu cérebro ainda processa que já estou acordada. e, depois de alguns minutos na mesma posição, rolo para fora da cama, esticando os braços e sentindo os músculos protestarem contra o movimento. Com passos arrastados, saio do meu quarto e caminho pelo corredor até o banheiro, bocejando e esfregando os olhos. Observo para o meu reflexo no espelho, vendo meus cabelos bagunçados e os olhos ainda inchados e pesados de sono. Pisco algumas vezes e abro a torneira, jogando um pouco de água gelado no rosto na tentativa de despertar de uma vez. Logo depois, pego minha escova de dentes.

Enquanto escovo os dentes, ouço batidas na porta da sala. Tento apenas ignorar, esperando que Heidi vá atender quem quer que seja, mas as batidas persistem, cada vez mais intensas, como se a pessoa do outro lado estivesse ficando impaciente. Reviro os olhos e deixo minha escova de dentes de lado, enxaguando a boca rapidamente antes de sair do banheiro e ir em direção à sala. Heidi está largada sofá, provavelmente bebeu até apagar completamente. É uma cena bastante familiar, mas não consigo não sentir um profundo desgosto.

Balanço a cabeça em negação e vou atender a porta. Quando a abro, me deparo com Richard Davis, o responsável pelo aluguel da casa. O homem sequer diz um ''bom dia'' antes de me entregar um envelope.

— O que é isso? — pergunto a ele.

— Aviso de despejo.

Franzo a testa, completamente confusa. Heidi sempre disse que recebe uma indenização por acidente de trabalho e que usa o dinheiro para pagar o aluguel e as despesas da casa. Eu, por minha vez, sempre contribuo com uma parte do aluguel com o dinheiro que consigo juntar fazendo uns bicos.

— Mas... isso deve ser um engano — murmuro, tentando processar a situação.

Richard arqueia as sobrancelhas, como se estivesse acostumado a lidar com desculpas como a minha.

— O aluguel não é pago há três meses, Poppy. Esse já é o terceiro aviso. Heidi disse que o seu pai não está mais mandando os cheques. Talvez você possa falar com ele e resolver isso.

Minha cabeça se torna uma bagunça confusa. Eu nem sei quem caralhos é meu pai. A ideia de ele estar mandando cheques para ajudar com as despesas da casa é totalmente nova para mim, e honestamente, parece improvável.

— Meu pai... ele não tem nada a ver com isso. Ele nunca me mandou nenhum cheque. Heidi é uma mentirosa. — retruco, sentindo a frustração e a raiva borbulhando dentro de mim.

Senhor Davis parece um pouco desconcertado com minha reação, mas sua expressão não se altera.

— Sei que essa é uma situação difícil. Mas preciso que o aluguel seja pago. Caso contrário, não terei escolha a não ser proceder com o despejo. Vocês têm três semanas.

𝐖𝐀𝐕𝐄 𝐎𝐅 𝐘𝐎𝐔 || 𝐉𝐉 𝐌𝐀𝐘𝐁𝐀𝐍𝐊Onde histórias criam vida. Descubra agora