Correr ou Morrer

CAPÍTULO 27 | Thomas Scott

Los Angeles| 11:56 a.m

Estava na sala conversando com tia Anna sobre tudo o que anda acontecendo comigo, quando ouvimos passos atrás de nós, e logo nos viramos para ver quem era, e demos de cara com Maya descendo as escadas.

Na mesma hora paramos de falar e prestamos atenção na garota que descia as escadas nos olhando com uma certa curiosidade.

— Tom, tem como você dar um banho no Matthew? — pergunta parando ao meu lado.

— Claro, mas o que ele tem? — pergunto me levantando — Ele se machucou? — questiono preocupado.

— Relaxa, tá legal? — responde dando um sorriso divertido — Ele só bebeu demais na noite passada, e agora não consegue ficar em pé.

— Só podia ser o Matthew mesmo — falo desacreditado — Eu vou lá, com licença tia, com licença girassol — falo e logo me retiro da sala, indo em direção as escadas, logo às subindo.

Caminho pacientemente em direção ao quarto de Matthew, e quando chego enfrente ao mesmo, bato em sua porta, e espero que o mesmo me dê a permissão para adentrar em seu quarto, mas isso não acontece, já que não ouso nada.

Resolvo entrar, já que penso que o mesmo possa estar no banheiro, e por isso não me escutou o chamando. Mas vejo que não era exatamente isso, pois, depois que adentro em seu quarto, o vejo deitado em sua cama, de barriga para cima, fitando o teto.

— Por que não me respondeu? — pergunto fechando a porta atrás de mim.

O mesmo apenas vira o rosto em minha direção e logo após volta a fitar o teto.

— Matthew? — o chamo, mas o mesmo nem sequer se mexe para me olhar. — Porra, você tem algum tipo de problema?

Na mesma hora vejo o mesmo me olhar fixamente.

— Sai. — é tudo o que ele diz.

— Eu não vou sair — falo me sentando em sua poltrona.

— Que se foda — diz tentando se levantar de sua cama, mas, falhando miseravelmente.

— Vem, deixa eu te ajudar — digo me levantando e indo ao seu encontro.

— Eu não preciso da sua ajuda, Thomas — diz ríspido.

— Falou o cara que não está conseguindo nem ao menos sustentar o próprio corpo — digo em forma de sarcasmo.

— Por que você não vai cuidar da sua vidinha de merda? Hum? — pergunta me olhando freneticamente. — Me deixa, Thomas.

— O que deu em você? — pergunto o olhando incrédulo — Por que anda me tratando como se eu fosse um nada?

— Porque é isso que você é — responde ríspido — Um nada.

— Pode parar de brincar, Matt — digo rindo, já que o Matthew nunca me falaria isso.

— E quem disse que estou brincando? — questiona me encarando sério.

Ele não pode estar falando sério...ou pode?

— Para de brincadeira, Matthew — digo, não gostando mais dessa brincadeira.

— E. Quem. Disse. Que. Eu. Estou. Brincando? — diz pausadamente, se levantando e vindo em minha direção.

— Quem é você? — indago, praticamente em um sussurro.

— Sai. Fora. — diz entre-dentes.

— Eu. Já. Disse. Que. Não. Vou. Sair. — digo no mesmo tom que o mesmo.