bonds of love: a meeting of two souls.

new school.

02/03.
the new school.

Junto com a confusão em minha mente, acordo com o barulho do despertador. Abri os olhos, ainda meio confusa sobre o que estava acontecendo, mas rapidamente me lembrei. Era segunda-feira, o primeiro dia de aula na minha escola nova depois das férias de inverno.

- Ah... bosta. - reclamo.

Era 05:50, levanto minha cabeça erguendo meu braço o tirando de debaixo das cobertas, desligando aquele barulho chato que meu celular estava emitindo. Eu estava enrolando na cama, porque minha rotina iria voltar, ou melhor, continuar sendo uma merda.

Logo em seguida levanto rápido da cama e vou em direção a única e grande janela do meu quarto, abro as cortinas. Fiquei rapidamente motivada quando vi que estava nublado, aparentemente tinha acabado de chover. Eu amava dias chuvosos e frios, amava usar moletons e me sentir quentinha.
Fui em direção ao meu armário, e escolhi uma roupa confortável. Um conjunto moletom preto de frio.

Logo ouço um grito vindo do andar de baixo.

- Grace! já levantou? corre, o café tá pronto! - disse minha mãe.

Peguei logo a roupa e a vesti, coloquei meu all star preto pra combinar com a minha roupa, escovei meus dentes, dei uma ajeitada no meu cabelo liso, passei um hidratante na cara e desci as escadas correndo.

- Que horas são? - perguntei a minha mãe que estava coando o café quente na garrafa.

- 06:17. Espero que dê tempo de você chegar a escola antes do horário pra você achar sua sala, mocinha. - disse ela se virando e franzindo as sobrancelhas com um sorriso de canto.

- Puts mãe! - exclamo. - Achei que fosse mais cedo, acho que vou comendo no caminho.

- Não, não. Sente aqui e coma com sua irmã. Não é problema meu que você decidiu ficar enrolando na cama. - disse sentando na mesa da bancada no meio da cozinha.

Minha irmã é um ano e uns dias mais nova que eu. Ela é um pouco parecida comigo, o que eu odiava. Ela estudava na mesma escola que eu, mas no período da tarde. Erdamos muito da genética e jeito da minha mãe, bom, minha irmã erdou só a aparência mesmo.

- Af. Okay. - Eu disse revirando os olhos e logo em seguida sentei pra comer. - Não estou com muita fome.

- De novo isso? coma o suficiente querida. Ah, e não se esqueça, depois que você chegar em casa hoje, você leva sua irmã pra aula.

- Mas isso não faz sentido, ela precisa andar na rua sozinha. - eu disse em um tom desapontado, porque qual seria o sentido de eu sair da escola, ir pra minha casa e depois ter que ir pra la de novo? também não queria fazer isso pela minha irmã, ela não fazia nada o dia inteiro. Isso me irritava.

- Vamos filha, só hoje. Ela é mais nova, mas também é uma criança ainda.

- Não sou não! - disse minha irmã com a boca cheia, que antes estava enfiando um pedaço de pão inteiro na boca. - Já tenho 15, mamãe!

- E não sabe nem atravessar a rua né? - Disse minha mãe debochando se virando pra ela. - E pare de falar de boca cheia, Mia. Grace, faça o favor de ensinar a sua irmã a andar sozinha na rua, apenas hoje. Vou estar ocupada no trabalho e não voltarei para o almoço, então, faça as honras e se vire quanto a comida. Só não fique sem comer, ouviu? - Minha mãe diz levantando da cadeira pegando a xícara vazia e a colocando na pia. - Tenham um bom dia meninas. Grace, me manda mensagem quando deixar sua irmã na escola. Beijos, amo vocês.

Não deu nem tempo de nós respondermos e ela saiu da cozinha, pegou sua bolsa e seu casaco no cabideiro que ficava do lado da porta, virou pra trás dando um sorrisinho e saiu de casa.

Me concentrei em acabar meu café logo, não liguei muito pra presença da minha irmã ali, e ela, terminando de comer levantou da cadeira.

- Posso ir na casa de uma amiga agora de manhã? - disse ela com cara de pidona. - Por favor.

- Fazer o que? - pergunto.

- Não sei, ouvir músicas e fofocar. Por favor, Grace. - ela repete.

- Mia, você sabe que eu não tenho direito de deixá-la sair assim, devia ter pedido pra mamãe. - Digo.

- Então liga pra ela e pergunta pra mim. - Disse ela dando de ombros.

Suspirei fundo e revirei os olhos, pegando meu celular que ja estava guardado dentro da minha bolsa.

- Merda! já é 06:30. - Eu ja estava frustada. - Vou ter que ir. - Peguei minha mochila e fui em direção a porta de entrada.

- Mas... - Disse minha irmã. - E a pergunta?

- Em casa tem telefone, na primeira gaveta da escrivaninha no quarto da mamãe tem um caderninho com uns números lá, na segunda linha é o número dela. Tchau, mia. - Sai correndo fechando a porta com força, sai de casa andando em passos apressados. Ainda em movimento, peguei meu fone e conectei no meu celular.
Ah... como era bom aquilo, o frio, chuva, meu fone e minhas músicas.
Eu estava ansiosa pra nova escola, ansiosa em saber que vou ver pessoas novas, num ambiente novo e aprender coisas novas.

"

Esse foi pequenininho, mas prometo que o resto da história vale a pena.
Obrigada por ler, até a próxima. Beijinhos.