bonds of love: a meeting of two souls.

confusion. (Billie)

12/03
part 1 - confusion.

Já era sexta, graças a Deus.
Aquela menina não saia da minha cabeça.

Porra, o que ela fez comigo?

Os olhos castanhos, aqueles cabelos, o jeito que ela lambia os lábios quando estavam secos. Não saia da minha cabeça a ideia de que talvez eu estava apaixonada. Merda.
Queria dar algum passo a mais, só pra ficar perto dela por mais tempo. Sozinhas.
Então resolvi chamar ela pra ir na minha casa, teoricamente iríamos fazer tarefas de casa de química.

- Oi Grace. - disse a ela quando cheguei na sala.

- Oi Billie.

- Ah, então... Você quer ir na minha casa um dia desses?

- Ah. Para? - disse confusa, parecia estar interessada.

- Bom, somos da mesma sala, certo? Vamos resolver as lições de casa que o professor de química passou. Pode ser hoje? - disse.

- Ah, legal. Tudo bem! Hoje que horas? - perguntou.

- Depois da aula, a gente pode ir andando, não é longe. - disse com um sorrisinho no rosto.

- Ir direto? - perguntou.

- É. - fiz um gesto com a cabeça. - Tem problema?

- Não, é... Eu só não esperava. - disse com o sorrisinho tímido. - Vou mandar mensagem pra minha mãe avisando.

- Tudo bem! - eu estava feliz por ela ter aceitado.

A aula acabou e fomos juntas pra minha casa. Conversamos sobre o que Zoe tinha comentado na segunda, o fato de eu compor músicas e as cantar.

- Então, é verdade que você canta? - pergunta virando a cabeça pra mim enquanto caminhamos.

- Verdade. - disse dando um sorrisinho.

- Quero ouvir.

- Ah. Não sei não... - disse meio envergonhada.

- Olha, não é por nada, mas sua voz já é linda falada, imagina com tons e graves diferentes. - sorriu.

- Ah. Obrigada? - eu ri.

- Vamos, anda logo! -

Ela correu na minha frente dando uns pulinhos. Era fofo.
Eu só sorri, corri um pouquinho pra chegar no lado dela e fomos.
Quando chegamos na porta da minha casa, ela ficou quieta e parecia tímida.

- Ah, licença... - Disse entrando na minha casa.

- Sem problemas. Sinta-se em casa. - Eu disse.

Subimos as escadas e eu disse pra ela deixar a bolsa na cadeira da minha escrivaninha. Pegamos os cadernos e começamos a resolver as equações.

- Ah, que coisa fodida. - disse eu.

- Olha a boca! - riu. - Onde está com dificuldade? - perguntou ela levantando do chão do quarto.

Não sei porquê, ela quis sentar no meu tapete no chão e apoiar os livros nas pernas. Aquela posição me fez sentir uma coisa estranha.

- Nesse. - apontei com a lápis.

- Hum, mas é fácil, é só... - ela explicou tudo.

Ela explicou muito bem, mas bem pertinho de mim. Só queria colocar minhas mãos na sua nuca e a puxar pra um beijo.

Que pensamentos são esses de novo?

Depois que ela terminou de explicar, me olhou nos olhos e deu um sorriso.

- Entendeu? - perguntou já sentando na mesma posição que estava antes.

- Aham... Obrigada. - agradeci.

- Por nada Bill. - sorri.

Bill? Droga.

- Desculpa... Como?

- O que? - perguntou.

- Bill?

- Não gostou? - perguntou ela debochando. - Okay.

- Não! eu... Eu gostei.

- Sei. - Deu de ombros.

Ficamos lá por umas 2 horas fazendo tudo.

- Acabei. - disse ela fechando o livro. - Finalmente.

- Eu também! - afirmei.

- Bom, chegou minha hora. - disse levantando indo em direção a sua bolsa.

- Não! espera, fica. - Disse. Parecia desesperada.

- An? - perguntou. - Como assim? já acabamos.

- É, acabamos. Mas não vai embora por favor. - pedi. - me passa seu número?

- Claro. Posso colocar no seu celular? - perguntou estendendo a mão.

- Pode. - dei o celular com os contatos abertos.

Estava confusa. Não queria aceitar que estava apaixonada.
Grace foi embora aquela tarde, e logo em seguida tomei um banho e deitei na cama.

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-Oii, é a Billie.

- Oii Bill, tudo bem?

- Tudo sim! e com você?

- Que bom, estou bem.

- Obrigada por ter vindo aqui hoje, animou meu dia. Quando precisar de ajuda com alguma tarefa é só me chamar viu?

- Claro! Obrigada.

Depois dessa conversa, queria conversar mais com ela, mas não sabia como. Então deixei por isso mesmo.

Essa é a parte 1, a parte dois vai ser menor, prometo KKKKKKKKKK.
Bom, é isso. Obrigada por ler, beijinhos.