Cap. 17: Eu não preciso da sua proteção

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"E quando não houver mais esperança, o amor se tornará o que nos move e uma luz no fim do túnel estará a te esperar, basta ir até ela."

Entre pinimbas e beijos escondidos, a vida seguiu seu curso.

Engana-se quem pensou que Eugênio e Violeta agora viveriam num mar de rosas, eram turrões e de gênio forte, brigar fazia parte de suas rotinas.

Após o ocorrido no Sarau, Violeta precisou de uns dias para curar a pequena luxação nas costas. Ficou de molho no quarto deitada por cinco longos dias, dias estes onde ela tornou a vida de todos no casarão insuportável.

Violeta não gostava nenhum pouco de ter que ficar de repouso, e reclamava de tudo, deixando Heloisa, Manuela e Dona Beatrice malucas.

Eugênio arriscou ir até lá algumas vezes, mas ao se deparar com o mau humor da sócia, optou por cuidar das obras da fábrica até que ela se recupera-se.

O trabalho de construção da fábrica ia a todo o vapor, e a vila dos operários já começava a ganhar forma.
Quando Violeta enfim retornou, a creche já estava pronta e agora com as crianças acomodadas durante o dia, os empregados tinham mais tranquilidade para trabalhar. Dona Beatrice foi quem assumiu a creche e estava radiante ensinando aqueles pequeninos.

Depois do ataque de Maurilio, a segurança foi intensificada e mais uma vez Eugênio passou a zelar pelos passos de Violeta, o que depois de um mês já estava irritando tremendamente a morena. E claro foi mais um motivo para intermináveis discussões entre eles. Discussões essas que acabavam sempre com os sócios aos beijos escondidos em algum canto das construções.

...

Ursula e o sobrinho desapareceram, o delegado vasculhou cada cantinho de Campos, mas era como se eles houvessem evaporado. Claro que havia sido uma estratégia de Ursula, afinal era momento de fazer como o juiz fizera, se esconder e ganhar tempo.

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Porém não demorou muito para o juiz Matias Tapajós reaparecer. Dois meses após o ocorrido no sarau, as flores voltaram à aparecer, agora eram deixadas no escritório improvisado de Eugênio e Violeta. As ameaças e torturas psicológicas faziam parte dos bilhetes que Matias enviava com as flores para Violeta e também para Eugênio.

Embora o afilhado de Anastácia não desse importância para os bilhetes, aquela situação o estava deixando com raiva, principalmente por ver como Violeta ficava toda vez que uma flor era deixada para ela.

Dona Iara que havia assumido o lugar de Ursula, fora instruída pelo chefe a jogar fora toda e qualquer flor que ela encontrasse, de preferência antes que Violeta as visse. Apenas tinha que guardar os bilhetes e entregar à Eugênio, nunca para Violeta, ele queria a poupar e faria qualquer coisa para proteger sua amada.

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Julinha e Constantino engataram um namoro, depois do sarau, a loira cuidou dele por ter sido ferido com a pancada que Maurilio lhe deu quando ele tentou impedi-los de fugir, e enfim o amor que ele nutria por ela venceu, Julia cedeu ao pedido de namoro do mais novo empreendedor de Campos dos Goytacazes.
Agora juntos eles geriam o Cassino e faziam planos para o futuro. Por sorte o crupiê Geraldo não voltou a aparecer, talvez houvesse desistido de perseguir a pobre Julinha.

Ah sim, e houveram novidades na vida de Heliosa e Leônidas. Claro que depois de muita insistência de Dona Beatrice que dizia e repetia "não criei filha para namorar escondido", enfim os dois assumiram seu romance perante a sociedade.

Agora o foco da matriarca era Violeta, que apesar de tentar esconder, não enganava ninguém quanto a estar apaixonada por Eugênio.

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Easy on me... pegue leve comigo Onde histórias criam vida. Descubra agora