O segredo do oceano |Yuta Nakamoto

Epílogo

Os ventos sopravam fortemente, dando sonografia para aquela tempestade. O navio balançava conforme as ondas fortes tocavam a madeira velha e surrada por tantos anos de viagem sobre o mar, todos no convés corriam para seus devidos lugares afim de deter o caos da tempestade. O capitão gritava as ordem em auto e bom tom e todos os marujos do mais esperto ao mais burro obedeciam perfeitamente, Edward teach. O grande Barba negra, o famoso rei dos mares, o pirata mais temido antes mesmo de ser visto era o dono daquele navio, havia acabado de sair da ilha da morte onde foi amaldiçoado! Não só ele como todos abordo. O próprio havia procurado por isso há anos. Edward perseguiu, saqueou, matou diversos até chegar aquela maldita ilha.

—MEXAM-SE SEUS MERDAS! _o capitão gritava enquanto rodava o leme com força para sair da onda grande que se aproximava

—Capitão, o garoto quer se jogar do navio em meio a tempestade. _ quem dissera isso foi Taylor o intendente do capitão seu braço direito e fiel aliado.

—Maldita seja a hora que decidir viajar com o sacrifício, maldito seja Poseidon!

O capitão desceu as escadas até o convés o mais rápido que conseguiu, procurando por um pequeno japonês chorão que se apoiava na borda do navio. O pequeno de cabelos pretos escuros e olhos assustados, vestia roupas de farrapos e tinha seus joelhos sangrando por machucados que vez fugindo dos piratas. O menino era filho da única mulher que já pisou no navio do capitão Barba negra; Yuna, uma grande navegadora, Edward havia a encontrado em uma das suas idas em tabernas do continente asiático, ele sabia que Yuna conhecia o oceano inteiro sem mesmo precisar olhar um pedaço de papel. O pai de Yuna foi um grande vendedor de mapas, os melhores piratas viajavam até ele para comprar seus mapas, pois sempre havia realmente ouro onde marcava. O velho ensinou tudo que sabia para a filha, mas sempre a proibiu de subir em um navio, era regra! Nada de navio, nada de aventuras. E foi assim que o capitão convenceu Yuna a mapear todo o oceano para ele, lhe prometendo ouro e que ela faria parte da tripulação e viveria o máximo de aventuras que quisesse.

   E assim fez! Yuna viveu anos naquela embarcação, fazendo deles sua família e amigos, engravidou de um pirata pedindo permissão para o capitão para sair do navio, queria criar seu filho em terra firme, queria ensinar tudo a ele. Em troca de sua liberdade Edward pediu o maior mapa que ela conseguisse fazer com cada detalhe, Yuna sabia sua real intenção, sabia que se Edward chegasse aonde queria ninguém no mar ou em terra escaparia de suas maldades. Então assim fez, lhe entregou um mapa grande porém alterado e desembarcou indo de encontro com seu marido. No mesmo ano ela deu à luz a Yuta uma criança extremamente esperta, seu pai e sua mãe ensinaram tudo a ele, como usar espadas, mapas, estratégias tudo! Mesmo sendo muito novo.

  Mas a família feliz não durou muito, dez anos depois Edward retornou até aquela ilha matando todos do vilarejo atrás de Yuna, ele descobriu sua traição. A mulher foi obrigada a embarcar outra vez naquele navio com seu filho, aquele não parecia mais o lugar que foi seu lar, parecia um cenário de morte, Edward havia se perdido no seu desejo por poder. Assim sendo obrigada a guiá-lo até a ilha da morte onde fez seu pacto com o Cernuns, queria que o deus fizesse dele um imortal, mas Cernuns não tinha poder para isso, mas o fez forte e capaz de ver ouro até embaixo d'água. A alma de Yuna foi dada a ele como pagamento, ele a matou em frente da pobre criança que foi levado de volta ao navio.

—Pare com isso agora seu verme! __O capitão tirou a criança da borda do navio o jogando contra um barril__ você só morre quando eu quiser! Pare com isso ou vai ser amarrado

—V-ocê matou ela...... VOCÊ MATOU ELA!_ o menino correu em direção ao capitão como se seus socos e tapas fizessem realmente algum efeito no mais velho.

—Escute seu merdinha _levantou a criança pela blusa sem o maior esforço_ Eu matei a traidora da sua mãe e o próximo será você! Então fiquei quieto como a porra de um rato.

     Essa foi a última vez que Yuta teve um tipo de conversa com o capitão. A partir daquele dia a criança foi submetida a coisas horríveis, foi obrigada a cozinhar para todos, limpar o navio, se livrar de corpos, e comer apenas o resto da comida do capitão. Mas Yuta tinha um plano, só precisava esperar mais e observar mais.