Primeira pessoa
Mais tarde estou colocando uma roupa da Lana, depois da merda que meu pai falou não me sinto confortável usando essa saia, coloco um short um pouco grande da Lana e um suéter azul claro e prendo minhas madeixas castanhas onduladas pintado com umas mechas verdes e brancas, olho pro lado e sinto um sorriso bobo se formar em meu rosto quando vejo Lana me olhando com um olhar de admiração.
-Você vai ver o mulek?- Lana pergunta sentada na cama dela usando uma blusa de caveira e bermuda, me aproximo dela e subo no colo da mesma.
-Vou sim eu também vou levar uma coisa pra ele, no caminho eu compro- Falo acariciando o rosto de Lana levemente.
-Você parece a mãe dele, vive naquele orfanato e com o Boris do teu lado- A mesma fala acariciando da minha cintura e pra baixo.
-Eu quero dá pra quele garoto um amor materno que ele não recebeu- Digo e dou um selinho na boca de Lana levanto e saio do quarto, desço as escadas e saio da casa, enquanto ando.Paro de andar quando vejo um grupo de crianças vou até o garoto loiro de jaqueta.
-Boris fugindo do orfanato, de novo?- Digo sorrindo e cruzo os braços o garoto vem até mim sorrindo.
-Fui da um rolê com os garotos, tá diferente, qual é a roupa de tia?- Ele pergunta rindo e reviro os olhos.
-Ae eu tô linda pelo menos- Digo esticando os braços, o mais novo dá de ombros -Vem vamo comer- Digo colocando o braço nos ombros do mais baixo que acena para os amigos dele, vamos até uma lanchonete daqui perto, peço qualquer coisa com muita carne para Boris, sentamos a espera dos alimentos, me perco em meus pensamentos e olho em volta analisando as mesas brancas tradicionais de lanchonete e as cadeiras, observo as pessoas comendo e me sinto um pouco desconfortável e volto a analisar a simplicidade da lanchonete.
-O que você pediu pra tu?- Boris pergunta olhando para mim suspiro sabendo que ele vai me obrigar.
-Eu comi antes de te trazer aqui- Respondo colocando minha perna na cadeira uma mania minha, o rapaz olha fixamente para mim obviamente sabendo que eu tô mentindo pra ele.
-Você mente mal pra caralho- O mesmo fala levantando e indo no atendente, bufo e estico a cabeça olhando para o teto velho do local, sinto minha cabeça doendo e minha barriga se corroendo.-Pedi um sem carne pra você- Boris fala sentando na minha frente, olho lentamente para o mesmo e me ajeito mais na cadeira.
-Eu só tenho o suficiente pra pagar o seu lanche- Falo seria olhando pra ele o mesmo suspira e tira algumas notas do bolso. -Que porra é essa ganhou na loteria?- Pergunto brincando e o rapaz rir, eu sei que provavelmente ele roubou mas é bom manter a piada.
-Bom a loteria se chama o idiota se aproveitando daqui pra ganhar voto- Boris fala e dou uma risada impressionada e orgulhosa, bato palmas para o mesmo que fica se vangloriando.
-Roubando político, do jeito que eu ensinei estou orgulhosa russo- Falo sorrindo olhando para o menino que rir guardando uma parte do dinheiro e a outra na mesa pra pagar o que ele pediu pra mim.-Tá mas como cê fez isso sem ser pego?- pergunto pois sei que normalmente esses políticos andam com várias pessoas junto.
-O idiota foi abraçar eu e os muleks enquanto gravava e eu peguei a carteira do bolso dele e joguei ela no caminho depois daqui vamos pra quele negócio de espelhos quero ver como é- O garoto loiro fala sorrindo e nossos pedidos chegamAgora estamos parados em frente o festival que tá sendo construído provavelmente tá na hora do almoço não tem ninguém aí, vamos até a casa espelhada que está fechada
-Merda tá trancado eu queria ver como é esse negócio- Boris fala vendo o cadeado nos portões, pego um dos meus grampos no cabelo enquanto o loiro faz um xingamento em russo bravo pelo negócio está fechado, me aproximo do cadeado e tento abrir -Ah esqueci que você é profissional nesse tipo de coisa- Ele fala sorrindo, dou uma leve risada e me concentro mas não consigo, me estresso procuro um material de construção encontro uma coisa que parece um alicate grande e uso pra quebrar o cadeado, abro as portas.
-Seja bem vindo criança- Falo sorrindo e Boris entra sigo o mesmo e fecho os portões atrás de mim -Nossa!- digo surpresa olhando os vários espelhos no local vários abstratos e distorcidos, tento encontrar Boris com o olhar mas não encontro. -Boris!- Chamo tentando achar o garoto, ando pelo lugar procurando ele.
Paro ao ver uma garota de vestido branco longo velho cheio de terra tem uma corda no pescoço dela e boa parte do corpo dela tá queimado. -Oi, você precisa de ajuda?- Pergunto assustada e preocupada com a garota ela não me responde apenas corre, vou atrás dela e ela para num lugar com espelhos em volta de mim, vejo uma outra garota num espelho cheia de sangue e um corte enorme do peito até abaixo da barriga com os órgãos dela caídos, me assusto e arregalo os olhos sinto uma ânsia de vômito viro para o lado pra não ver mais aquilo, mas dou um paso para trás vendo uma coisa enorme com chifres e asas, e quatro olhos direcionados para mim com a boca enorme com dentes cheios de baba, derrpente aquilo pula do espelho quebrando ele e vindo em minha direção me derrubando grito alto de desespero sentindo a respiração daquilo batendo em meu rosto.