Yeosang havia dormido pouco depois da meia noite, devido aos remédios, mas Seonghwa não conseguia pregar os olhos. Após o ocorrido na cozinha, nenhum dos dois comentou mais nada, e para o Park, era melhor assim.
Claro que esse sentimento queria dominar seus pensamento a cada um minuto, mas tinha problemas maiores para resolver em vez de uma apaixonite!
Aproveitando que seu parceiro dormia profundamente, o policial mais velho pegou o diário de Hyuntae e continuou a ler, sozinho. Por algum motivo, a sua intuição dizia que conseguiria descobrir mais se terminasse de ler, e também se deixasse algumas informações ocultas para Yeosang.
Se sentia um pouco culpado em esconder algo do parceiro, e mais ainda culpado em ter certeza de que o Kang estava metido naquele caso de alguma maneira, por mais que não acreditasse que Yeosang fosse o assassino ou cúmplice.
Enquanto rolava as páginas iluminadas por uma lamparina que havia no quarto, Seonghwa encontrou mais algumas descrições de bullying, confissões de certos delitos, e mais algumas preocupações de Hyuntae, até chegar em seu último registro, onde ela escreveu detalhadamente o que aconteceu no dia do incêndio.
Hyuntae conta que, enquanto todos estavam reunidos para o lanche da tarde, a vítima era a única que estava sozinha, andando pelo local. Yoonjun foi o primeiro a avistá-lo, perto da lavanderia, e chamou todos os demais para fazer a "pegadinha do século". Eles arrastaram o pobre garoto até a lavanderia vazia e o trancaram dentro de um depósito escuro.
"— me tirem daqui, por favor..."
O menino implorava aos prantos, de acordo com que Hyuntae escreveu.
Enquanto isso, Sumin que estava com uma garrafa de água na mão, sem querer deixou que o líquido transparente caísse no chão, bem ao lado do fio solto de uma das máquinas de lavar. O aparelho fez um barulho alto internamente, e quando deu índices de que ia pegar fogo, Yoonjun, em uma tentativa desesperada, pegou o resto da água e jogou sobre o aparelho, o que agravou a situação e iniciou o incêndio ali.
Com medo, os jovens saíram correndo, esquecendo totalmente do garoto que havia prendido no depósito, e quando se deram conta do que fizeram, já era tarde demais e a lavanderia já estava tomada por chamas.
Por ser uma estrada rural e longe da cidade, os bombeiros chegaram uma hora depois do incêndio ter se iniciado. Hyuntae conta que o resto dos amigos não queria contar que Kang Yeobin estava preso no depósito, com medo das consequências, mas ela não aceitou que o menino ficasse preso sem socorro, então falou tudo para um dos monitores, que bravamente entrou no meio do fogo em socorro da vítima. Yeobin foi resgatado com vida, mas tinha mais de 60% do corpo em queimaduras de segundo grau, e faleceu antes mesmo que alguém pudesse levá-lo ao hospital.
Dentro de algumas horas, todos os pais vieram buscar os filhos, incluindo o pai de Yeobin, que se não tivesse sido segurado pela polícia, teria matado todos o grupo que causou a morte do filho.
"— DESGRAÇADOS MALDITOS. ELE ERA UM MENINO AINDA, TINHA MUITA VIDA PELA FRENTE E VOCÊS A TIRARAM DELE..."
De acordo com a dona do diário, essa eram as palavras do pai, enquanto chorava.
Por serem de família rica, um simples suborno foi o suficiente para que não fossem acusados e a polícia esquece o assunto, sendo assim, a vítima nunca teve justiça por sua morte precoce.
— Meu Deus! — exclamou Seonghwa, em choque após ler tudo aquilo. — Kang Yeobin...
Ele olhou para Yeosang, que dormia profundamente na cama. Seonghwa não deixou de notar o quão semelhante seus nomes soavam.
Voltando ao diário, Hyuntae não escreveu quase nada depois daquilo, a não ser um breve resumo do que estava sentindo após causar a morte de um dos colegas. De acordo com ela, estava muito arrependida do que fizera e se pudesse voltar no tempo, teria feito tudo diferente. Também disse que estava tendo pesadelos com o garoto, que a culpa estava a corroendo e não entendia como os demais amigos conseguiam agir normalmente.
Por fim, o diário já não tinha mais nenhuma anotação.
Seonghwa passou a mão pelos seus cabelos, em um gesto de descrença. Aquele caderninho foi um grande achado, mas era tanta informação que ele mal conseguia processar.
O Park então se levantou da cadeira e procurou pelo celular. Yunho geralmente ia dormir por volta de duas da manhã, então sabia que o outro policial estaria acordado as essas horas.
— Alô!? — escutou perguntar edo outro lado da linha.
— Desculpa te incomodar a essas horas, mas preciso te pedir um favor...
— Ah, é você, Seonghwa... Pode dizer.
— Por favor, procure descobrir tudo sobre Kang Yeobin, a vítima do incêndio daquele acampamento.
— Você descobriu o nome!? — o Jeong não escondeu a surpresa na voz. — Como?
— Hyuntae tinha um diário, e ela revelou seu nome em meio as suas escritas. Consegue descobrir algo?
— Antes, não, mas agora com um nome, tudo fica mais fácil. Vou aproveitar meu dia de folga para pesquisar e amanhã mesmo eu passo o que descobri!
— Obrigado. Ah, preciso te pedir mais uma coisa...
— Fala.
— Por favor, não conte nada para Yeosang sobre o que descobrir.
O outro lado da linha ficou mudo por alguns instantes.
— Como assim? Ele é o seu parceiro, tem o direito de saber!
— Eu sei, mas é complicado... Quer saber, amanhã no trabalho te explico o motivo de estar pedindo isso.
— Bom mesmo, e espero mesmo que não seja por birra. Vocês já estão trabalhando juntos tem quase um mês, já devia ter se acostumado com ele!
— Me acostumei até demais... — murmurou, ao se lembrar do beijo que trocaram na cozinha algumas horas atrás. — Te garanto que não é isso. Até amanhã, Yunho.
— Até, Seonghwa, boa madrugada.
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Gente do céu, eu sumi viu kkkkkkk
Desculpa não ter entregado o capítulo antes, mas esses últimos tempos foram bem corridos. Tenho que agradecer a todos que estão lendo, votando e comentando na obra (já estamos quase entrando na reta final...). Muito obrigada, e desculpa fazer vocês esperarem tanto, tentem ter um pouquinho de paciência comigo e por favor não me abandonem kkkkkk.
Beijos de corações azuis e até o próximo capítulo 😚💙💙💙.
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The Case (Seongsang fanfic)
FanfictionATEEZ➡️SEONGSANG Casos de mortes começaram a acontecer de forma estranha. Pessoas importantes da cidade eram encontradas mortas em sequência e nenhum suspeito era identificado! Park Seonghwa, um policial e perito criminal de 24 anos foi chamado para...